Temos visto continuamente notícias chocantes de violência contra a mulher, fato que infelizmente não é novidade em nossa sociedade, mas que tem crescido assustadoramente. Isso nos leva a refletir quais seriam as causas e como solucionar este fenômeno absurdo. É inconcebível que nos tempos atuais ainda convivamos com uma visão patriarcal que gera a violência física, psíquica e social contra as mulheres, impedindo a igualdade verdadeira na seara política, familiar e profissional.
Faz-se necessário
que aliado às famílias, o Estado cumpra seu papel, implementando políticas
educacionais verdadeiras neste sentido, com uma posição de absoluta
intolerância à violência, sobretudo àquela perpetrada contra a mulher, devendo
para tanto também aprimorar-se o Poder Judiciário.
No meu
entendimento, apesar do fato ser complexo, a resposta passa em muito pela
mudança da educação familiar e formal, tendo por base a real consciência de
tratar-se de doença social a ser resolvida. Nessa missão devem ser engajadas
escolas, igrejas, justiça e todos os demais poderes e representações sociais,
mas sobretudo as famílias, como quer que sejam elas constituídas.
Meu pai, homem
simples e sábio, nos aconselhava “meu filho, se você um dia se casar com uma
mulher que esteja socialmente abaixo de você, traga-a para o seu nível. Se se
casar com uma que esteja acima de você, suba para o nível dela.” Assim
crescemos, eu e meus irmãos, aprendendo com ele e com minha mãe, mulher
independente, como deveríamos sempre respeitar as mulheres.
Acreditamos que a educação na família pode ajudar a construir um ser que entenda que as diferenças sejam elas quais forem fazem parte da diversidade, e que devemos desenvolver a capacidade do diálogo e da compreensão. Que o amor liberta, supera e acolhe. Ensinamos nossos filhos homens a manterem um lar de paz e que assim possamos contribuir para acabar com esse pesadelo que teima em assombrar nossos dias.
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