Precisamos dar segurança ao processo eleitoral brasileiro. Sim, temos que reconhecer o trabalho elogiável realizado pelos Tribunais Superior Eleitoral - TSE - e Regionais Eleitorais - TREs - de todo o País. Fomos vanguardistas no modelo eletrônico de votação, agora precisamos aprimorar ainda mais esse processo com a certeza de que não teremos espaço para fraudes.
A
proposta do voto auditável ainda está em análise em uma comissão especial na
Câmara e só deve ser votada em agosto pelos deputados. No entanto, já faço
minha manifestação em apoio à mudança. Estou ao lado do presidente Bolsonaro
pela transparência e lisura dos pleitos.
Essa evolução em
nossa maneira de votar também representa a vontade de um número considerável de
brasileiros. Trata-se de um avanço democrático que dará maior segurança ao
processo eleitoral e eliminará qualquer dúvida que possa existir em relação ao
escrutínio. Hoje, o eleitor comprova apenas seu comparecimento na seção. Nossa
tecnologia é fantástica.
Somos exemplo para
o mundo, mas não estamos livres da ação de hackers e pessoas mal-intencionadas.
Nem mesmo a Nasa passou ilesa a esse tipo de ação. Em janeiro de 2018, um
criminoso virtual conseguiu acessar as áreas restritas dos servidores da
Agência Espacial Norte Americana. O invasor roubou cerca de 500 MB - ou 23
arquivos sigilosos - segundo revelou a própria Nasa na divulgação de dados de
auditoria interna.
No Brasil, ainda
pairam dúvidas sobre a eleição de 2014 em que Dilma Rousseff ganhou de Aécio
Neves por apenas 3% dos votos válidos. O sistema não estava projetado para uma
auditoria. Não podemos passar por isso novamente e colocar em dúvida a
democracia.
Em 2001 já se tratava desse assunto no Congresso Nacional. Aprovamos uma lei, sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que determinava o comprovante impresso. No entanto, um ano depois, uma nova lei revogou essa exigência e instituiu o Registro Digital do Voto - RDV. Não se trata de partidarizar mais um assunto. Trata-se de valorizar o direito da escolha e preservar a idoneidade daquilo que temos de mais valioso: o voto de cada cidadão e a participação na escolha de quem determina o rumo de nossas vidas.
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