No mês de junho, três santos de grande importância na fé católica foram homenageados no Brasil: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro e nem os decretos governamentais de proibição das aglomerações impediram que houvessem algumas festas Brasil afora. Conhecidos em Portugal como os Santos Populares. Os mais comemorados são: São João e São Pedro. Esse costume foi
trazido para nosso País pelos colonizadores portugueses e logo foi aceito pelos negros e pelos indígenas que o incorporaram a nossa cultura.A festa mais tradicional é a de São João, que toma uma feição diferente em cada região do País, porém a base é sempre a apresentação de danças, fogos de artifício e as comidas típicas. Por ser a época da colheita do milho, este ingrediente se torna o mais importante na confecção dos quitutes juninos.
As festas mais famosas acontecem no nordeste do Brasil. Sendo uma região muito árida sujeita a secas prolongadas, esses festejos, originalmente, eram um agradecimento aos santos pelas chuvas caídas nas lavouras. Bandeirinhas e balões de papel colorido são os detalhes característicos da decoração. As músicas sertanejas são responsáveis pela alegria que culmina sempre com a animação das quadrilhas trazidas pelos colonizadores, dos salões franceses do século 19 para os populares arraiais brasileiros.
As fogueiras não podiam faltar nesses momentos. E havia certo orgulho dos festeiros quanto ao maior tamanho apresentado nesse pormenor. Na mesa, a canjica, a pamonha, os bolos de milho ou de macaxeira, o milho cozido ou assado, eram o deleite dos convivas. O quentão, bebida feita de milho, esquentava a animação. O crepitar das fogueiras se misturava ao estouro dos fogos de artifício para estimular o ambiente. Os trajes típicos davam aquele toque gracioso às jovens e aos rapazes que se requebravam no salão. Os noivos e o padre eram figuras indispensáveis nas quadrilhas de São João.
Mas a pandemia da Covid-19 desfez essas tradições e as festa ficaram só nas lembranças de momentos que antecederam o drama do coronavírus. Nesses últimos dois anos, não vimos tantas festas juninas, nem ouvimos o estourar das bombas e nem o céu se iluminar com o clarão dos fogos de artifício. Não existiram concursos de quadrilhas organizados por prefeituras e pela televisão. E não se pularam fogueiras e não se fizeram as adivinhações que animavam as jovens em busca de saber o que o destino lhes reservava.
Para não dizer que tudo esteve zerado nos festejos juninos e julinos no extremo sul baiano, contrariando determinações do governador Rui Costa (PT), a Prefeita Cordélia Torres (DEM), fez Eunápolis promover a Live do Pedrão, com apresentações de dois dos maiores cantores de forro, Targino Gondim e Ademário Coelho, diviram o palco com artistas eunapolitanos.
Mas a forrozada em Eunápolis não se restringiu apenas a Live, com objetivo de levar alegria as pessoas em suas casas e contemplar 44 atrações da casa, que não estão podendo trabalhar devido a pandemia, a prefeitura de Eunápolis criou este ano a Vila do Forró, que reúne ornamentação junina e apresentações de artistas locais na estrutura montada na Praça da Bandeira. Foram 12 noites de muito forro.
Com a programação da Vila do Forró, fortalece-se o comércio local. “Os eventos aconteceram de forma organizada, com controle de acesso, respeitando aos protocolos dos órgãos de saúde”, destacou a prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres.
O objetivo do evento teve dois pontos fundamentais: manter viva a tradição dos festejos juninos e dar a oportunidade aos artistas do município, que são muitos e passavam por dificuldades devido a pandemia e estavam sem poder trabalhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.