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1 de junho de 2021

NÃO HÁ COMO SE DESENVOLVER, SEM GOSTAR DE LER

A educação no Brasil jamais será prioridade, por que
a politica brasileira sobrevive da ignorância do Povo!

Assisti ao programa GloboNews Literatura e fiquei indignado com a notícia de que dois terços dos municípios brasileiros não possuem qualquer livraria e isto é um absurdo. A maioria absoluta de nossas cidades não possui uma livraria! Segundo a pesquisa Retratos da Leitura, as livrarias são o principal canal de comercialização e acesso ao livro. Existem apenas 2.980 livrarias para

cerca de 5.700 municípios; a Unesco recomenda que haja uma relação de 10 mil habitantes por livraria, e no Brasil a média é de 64 mil.

Portanto, para atingirmos o índice da Unesco, deveríamos ter 20 mil livrarias no País, tendo em vista a população de 200 milhões de habitantes. Essa é uma das razões pelas quais lemos tão pouco. Outro fator que ajuda a explicar os índices precários de leitura no Brasil é o de que 400 municípios de todo o País – cerca de 7% do total – não dispõem de uma biblioteca pública sequer.

Outra situação que contribui para entender a triste situação para a nossa população ler pouco se vislumbra ao comparar o Brasil com países próximos como o Uruguai, a Argentina e o Chile: os livros são 20% em média mais caros aqui, além do que o analfabetismo é superior no Brasil, cerca de 15% contra 2%, 3% e 4% nos países citados, respectivamente; sem esquecer que temos muito menos livrarias do que nossos vizinhos.

Levantamento realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) informa que cada brasileiro lê pouco mais de dois livros por ano. Na França, a média é de 11 livros; no Japão e na Coreia do Sul, a média é de 10 livros. Outro dado preocupante: por aqui, o tempo médio dedicado à leitura não passa de 5,5 horas por semana, enquanto na Índia – um país em desenvolvimento cuja situação econômica é semelhante à do Brasil – a média é quase o dobro, de dez horas semanais.

Precisamos de medidas emergenciais para modificar este quadro. A educação é a base de tudo. Medidas como a desoneração fiscal dos livros, criação de bibliotecas públicas em todos os municípios, estimular os professores com remuneração digna e reciclagem permanente, uma campanha nacional de doação de livros para as bibliotecas públicas com dedução no imposto de renda, seriam algumas formas para inverter essa dramática situação, mas o principal é criar em nossas casas o hábito da leitura, incentivando nossos filhos e netos. Assim, teremos orgulho de ser um país que lê.

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