O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) e a Associação Bahiana de Medicina (ABM) emitiram nota oficial em relação à declaração do governador da Bahia, de que contratará médicos de fora do estado ou do país.
As entidades manifestam “surpresa e indignação” e lembram das omissões do Governo da Bahia. Desde o primeiro governo de Jaques Wagner, há mais de 11 anos a Bahia não faz concurso para médicos, mas gastou R$ 151 milhões com empresas terceirizadas no
setor "para fugir da obrigação legal de realizar concursos".Para ilustrar o descaso com os profissionais, as entidades citam o impedimento de avaliação para progressão funcional dos médicos do Estado; a recusa em afastar da linha de frente do atendimento da Covid-19 médicos idosos e com comorbidades, além do excesso de burocracia no recebimento de seguro pelo afastamento por Covid.
O Sindimed, o Cremeb e a ABM lembram ainda as dificuldades impostas pelo Governo com relação ao Planserv. Rui Costa "se recusa a rever o teto orçamentário do plano dos servidores baianos, a atualizar tabelas de honorários e procedimentos, como também se nega a credenciar pessoas jurídicas e cooperativas".
As entidades dizem que o governador se recusa a ser transparente com relação à contratação de médicos pela Sesab, se recusando a informar, por exemplo, quantos cargos de médico estão vagos e quantos são contratados através de pessoa jurídica.
"Para obter essas informações o Sindimed precisou impetrar o Mandado de Segurança 8022746-07.2020.8.05.0000, cuja liminar foi concedida mas, passados 6 (seis) meses, ainda não foi cumprida", dizem. E resumem: "na Bahia não faltam médicos qualificados e prontos para atender à população, Governador. O que nos falta é um Governo que valorize e respeite os médicos". (A Região)
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