Bahia ficou em último lugar num ranking brasileiro de educação pública à
distância durante a pandemia elaborado pela Fundação Getúlio Vargas. Salvador,
por sua vez, ocupa o primeiro lugar entre as capitais brasileiras, acima da
média de 1,95. O estudo se refere recorte entre março e outubro de 2020.
De acordo com o relatório, o estado tirou nota zero na pesquisa porque
não apresentou nenhum programa no período. A média nacional foi de 2,38. O
líder no índice foi a Paraíba, com nota 6,03.
Na avaliação, os
pesquisadores Lorena Barberia, Luiz Cantarelli e Pedro Henrique Schmalz ressaltam que “em países em desenvolvimento, como o Brasil, isso [falta de controle da pandemia] pode reforçar as desigualdades educacionais preexistentes, especialmente se o acesso a tecnologias de educação remota for limitado para populações vulneráveis.”O relatório também pontua que “houve atrasos significativos na adoção
desses programas tanto pelos estados quanto pelas capitais”. “Além disso, os
programas foram desenhados com atenção insuficiente para a questão da garantia
de acesso a tecnologias que permitiriam o aprendizado e supervisão de alunos de
forma remota”, diz trecho da análise.
O resultado rendeu críticas de políticos de oposição ao governador Rui Costa (PT). Líder do bloco oposicionista na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Sandro Régis soltou o verbo contra a gestão estadual. “O governo praticamente abandonou os estudantes da rede estadual ao não oferecer nenhuma atividade online, o que vai trazer consequências incalculáveis para o desenvolvimento destes jovens e crianças”, declarou.
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