- Rui Costa tem explicar a fraude da compra milionária de
- respiradores, que nunca foram entregues aos baianos!
A Covid-19
trouxe debates acalorados sobre a vacinação no Brasil. Mas, é fato que nem
todas as vacinas são obrigatórias e o Estado não pode usar de força para coagir
os indivíduos a se vacinarem. Do mesmo modo que o voto é obrigatório, ninguém
vai até a sua casa e o arrasta para as urnas. Fake News com esse teor tem
circulado nas redes sociais fazendo um desserviço à população, com viés
decadente da velha política que se aproveita da falta de informação e do medo
do coronavírus.
O que é já é feito no Brasil, em caso de descumprimento do calendário vacinal obrigatório, é a privação de certos direitos como o
salário-família, matrículas em creches, pré-escolas, ensinos fundamental e médio e universidades, de acordo com a faixa etária do aluno, alistamento militar e recebimento de benefícios sociais concedidos pelo Governo. Porém, ocorre que as vacinas obrigatórias devem ser gratuitas e serem fornecidas com observância aos princípios da eficiência e da segurança por serem tipo de serviço público. Especificamente
no caso das vacinas contra o coronavírus, não sabemos se o Estado terá
condições de fornecê-las gratuitamente. Caso não o faça, não poderá exigir a
obrigatoriedade. Ponto nevrálgico das discussões internacionais sobre essas
vacinas é sua eficácia e segurança. O Estado não pode colocar em risco a
população, prestando um serviço público que coloque em risco a saúde e a vida
dos usuários; nem ao menos ineficaz, tanto em relação à prestação do serviço em
si, quanto aos resultados obtidos.
Em meio a tanta falta de credibilidade, jogo de interesses e oportunismo em torno dessa doença, fica extremamente complicado tomarmos uma decisão segura sobre a vacina. Como se já não bastasse ter que lidarmos com as consequências devastadoras da pandemia, que mais parece a Caixa de Pandora, tendo na vacina sua última esperança incerta de frear todas as mazelas do caos que vivemos desde março.
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