O que significa lutar pela vida numa Bahia marcada pela naturalização da violência e onde mais se mata gente entre todos estados brasileiros? Quais as consequências de lutar pela vida em uma sociedade atravessada por relações de poder racistas e de facções criminosas, que definem e delimitam os espaços que os baianos e seus turistas podem ter acesso a uma
vida cidadã e aqueles que são condenados a diversas formas de mortificação devido à inferiorização não só de seu status de cidadania, como também de sua própria condição humana?Talvez
a resposta mais pertinente seja não se calar diante da possibilidade de uma
pessoa que cometeu assassinato ficar impune. Isso em um Estado campeão de homicídios.
Lutar pela vida é o que os baianos, corajosamente, enfrentam diante do
silenciamento da sociedade, ineficiência do Estado e existência de uma polícia
racista.
O significado da pergunta: “Cadê Clébia?”, não se trata apenas de um caso de polícia – como nos mostra a falta de eficiência de investigação -, é também um caso de justiça e dignidade humana. Enquanto Clébia não aparecer – ou seu cadáver – não haverá como nossas autoridades policiais, judiciais e governamentais, se vangloriarem de estarem no poder.
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