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Câmara

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12 de dezembro de 2020

PARA SER UM BOM PRESIDENTE DA CÂMARA

 

Um presidente de Câmara correligionário do Prefeito, é garantia de harmonia para a cidade ser desenvolvida com mais altivez e solidez!

Há algum tempo, um jovem perguntou-me “O que é ser um bom presidente da Câmara?”

A pergunta apanhou-me de surpresa e a minha resposta imediata não o deixou satisfeito, por isso devo-lhe uma análise mais completa.

Acredito que a resposta poderá ser um contributo à reflexão dos vereadores para a importante escolha que é preciso ser feita em primeiro de janeiro do próximo ano.

1 – Espera-se fidelidade aos seus compromissos, expressa no

cumprimento de um programa de gestão previamente apresentado, capacidade de administração econômica, bom conhecimento dos assuntos do Poder Legislativo, liderança política, ambição inovadora, sensatez na resolução das questões delicadas, postura de diálogo aliada à capacidade de decisão em tempo oportuno; eficácia dos serviços legislativos, paciência e disponibilidade para ouvir a população, disponibilidade para trabalhar em harmonia com os demais vereadores e coragem para dizer não quando isso for a melhor opção.

2 – O bom presidente de Câmara é aquela pessoa que se coloca ao serviço público integralmente, conhece as necessidades das populações e não descansa enquanto não resolver os seus problemas. Não só exerce o seu ofício com honestidade e dedicação, mas presta contas do seu trabalho e não esconde os insucessos.

3 – Espera-se que seja capaz de projetar o futuro da cidade; que caminhe ao encontro do desenvolvimento, que seja presente na ação concretizadora, que ultrapasse barreiras e que a iniciativa dos cidadãos seja eficazmente apoiada contra a burocracia e o imobilismo.

4 – Deve ter as qualidades indispensáveis a uma vida política verdadeira e séria e fazer a separação total dos recursos públicos e dos interesses da família, da clientela política e dos amigos.

5 – Um bom presidente é aquele que a todos trata por igual e que a todos igualmente representa, sem preconceitos ou complexos. É um entre os demais, cujas capacidades de liderança o levaram a ser escolhido pelos vereadores seus eleitores.

6 – Cabe ao presidente ter o suficiente amadurecimento social e político para fazer a auto-avaliação e identificar em si capacidade, responsabilidade e inteligência para perceber que, com o mandato, recebe um compromisso do tamanho das ambições dos demais vereadores e da comunidade em geral.

7 – A responsabilidade do presidente da Câmara é de uma imensidão absoluta, porque trabalha diretamente com o sonho das pessoas e com o futuro das comunidades. Ele precisa saber gerir e prever os efeitos remotos dos seus atos. A história das escolhas operacionais e políticas dos sucessivos presidentes da Câmara é, pela sua natureza, a história da evolução do município, cujos atos devem ser criteriosamente orientados, com o empenho, a isenção e a sabedoria de quem gere a coisa pública, ao mesmo tempo que devem ser submetido, juntamente com os seus colegas de Câmara, às críticas que por ventura surgirem.

8 – O presidente da Câmara deve estar disponível para prestar contas da sua atividade, enquanto homem público e enquanto indivíduo responsável por todo um código de conduta que lhe exige uma exposição total, uma transparência plena e uma consciência de Primeiro Cidadão do Poder Legislativo da cidade.

9 – O Presidente da Câmara deve estar comprometido com os princípios da LEALDADE, da HONESTIDADE, da VONTADE DAS MAIORIAS, mas, sobretudo, com aqueles valores que integram a capacidade pessoal, intransmissível e inalienável de RESPEITAR A PALAVRA DADA, isto porque a palavra interage com a língua, é valor de civilização e de cultura, é portadora de interesse relevante para quem se estima e se identifica com os VALORES DA CIDADE.

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