Um presidente de Câmara correligionário do Prefeito, é garantia de harmonia para a cidade ser desenvolvida com mais altivez e solidez!
Há algum tempo,
um jovem perguntou-me “O que é ser um bom presidente da Câmara?”
A pergunta
apanhou-me de surpresa e a minha resposta imediata não o deixou satisfeito, por
isso devo-lhe uma análise mais completa.
Acredito que a
resposta poderá ser um contributo à reflexão dos vereadores para a importante
escolha que é preciso ser feita em primeiro de janeiro do próximo ano.
1 – Espera-se fidelidade aos seus compromissos, expressa no
cumprimento de um programa de gestão previamente apresentado, capacidade de administração econômica, bom conhecimento dos assuntos do Poder Legislativo, liderança política, ambição inovadora, sensatez na resolução das questões delicadas, postura de diálogo aliada à capacidade de decisão em tempo oportuno; eficácia dos serviços legislativos, paciência e disponibilidade para ouvir a população, disponibilidade para trabalhar em harmonia com os demais vereadores e coragem para dizer não quando isso for a melhor opção.2 – O bom
presidente de Câmara é aquela pessoa que se coloca ao serviço público
integralmente, conhece as necessidades das populações e não descansa enquanto
não resolver os seus problemas. Não só exerce o seu ofício com honestidade e
dedicação, mas presta contas do seu trabalho e não esconde os insucessos.
3 – Espera-se
que seja capaz de projetar o futuro da cidade; que caminhe ao encontro do
desenvolvimento, que seja presente na ação concretizadora, que ultrapasse
barreiras e que a iniciativa dos cidadãos seja eficazmente apoiada contra a
burocracia e o imobilismo.
4 – Deve ter as
qualidades indispensáveis a uma vida política verdadeira e séria e fazer a
separação total dos recursos públicos e dos interesses da família, da clientela
política e dos amigos.
5 – Um bom
presidente é aquele que a todos trata por igual e que a todos igualmente
representa, sem preconceitos ou complexos. É um entre os demais, cujas
capacidades de liderança o levaram a ser escolhido pelos vereadores seus eleitores.
6 – Cabe ao
presidente ter o suficiente amadurecimento social e político para fazer a
auto-avaliação e identificar em si capacidade, responsabilidade e inteligência
para perceber que, com o mandato, recebe um compromisso do tamanho das ambições
dos demais vereadores e da comunidade em geral.
7 – A
responsabilidade do presidente da Câmara é de uma imensidão absoluta, porque
trabalha diretamente com o sonho das pessoas e com o futuro das comunidades.
Ele precisa saber gerir e prever os efeitos remotos dos seus atos. A história
das escolhas operacionais e políticas dos sucessivos presidentes da Câmara é,
pela sua natureza, a história da evolução do município, cujos atos devem ser
criteriosamente orientados, com o empenho, a isenção e a sabedoria de quem gere
a coisa pública, ao mesmo tempo que devem ser submetido, juntamente com os seus
colegas de Câmara, às críticas que por ventura surgirem.
8 – O presidente
da Câmara deve estar disponível para prestar contas da sua atividade, enquanto
homem público e enquanto indivíduo responsável por todo um código de conduta
que lhe exige uma exposição total, uma transparência plena e uma consciência de
Primeiro Cidadão do Poder Legislativo da cidade.
9 – O Presidente
da Câmara deve estar comprometido com os princípios da LEALDADE, da
HONESTIDADE, da VONTADE DAS MAIORIAS, mas, sobretudo, com aqueles valores que
integram a capacidade pessoal, intransmissível e inalienável de RESPEITAR A
PALAVRA DADA, isto porque a palavra interage com a língua, é valor de
civilização e de cultura, é portadora de interesse relevante para quem se
estima e se identifica com os VALORES DA CIDADE.
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