O
Tribunal Superior Eleitoral anunciou a formação de uma parceria com sete
agências de checagem que trabalharão na identificação de notícias falsas, as
chamadas fake news. A ação faz parte de uma série de iniciativas destinadas a
combater a desinformação durante as eleições municipais deste ano. Pela
parceria, as agências e integrantes da Justiça Eleitoral trabalharão em contato
permanente para monitorar notícias falsas ligadas às eleições e “encontrar, da
forma mais ágil possível, respostas verdadeiras e precisas”.
Outro
foco de atuação será identificar comportamentos inautênticos na internet,
campanhas coordenadas de desinformação. Assim como vem ocorrendo nos últimos
anos, as eleições de 2020 vão ficar marcadas pela confirmação das redes sociais
como a principal “arena” de confronto entre as forças políticas. Com a pandemia
do novo coronavírus, a campanha virtual será ainda mais forte. Graças à internet,
é possível propagar mensagens de forma rápida e barata, atingindo um público numeroso
quase instantaneamente.
No
Brasil, as principais ferramentas são o Facebook e agora, mais do que nunca, o
WhatsApp. O problema é que o fato de a internet proporcionar uma democratização
da informação traz, como efeito colateral, a disseminação de notícias falsas.
Não se trata da ação apenas de cidadãos agindo isoladamente, mas também é um
trabalho executado por verdadeiras facções cibernéticas, especializadas em plantar
e espalhar notícias para desmoralizar candidatos.
Baseiam-se
no princípio de que uma mentira dita mil vezes torna-se verdade. Trata-se de
uma guerra suja praticamente impossível de controlar. Por isso, a iniciativa do
TSE é importante, pois é preciso assegurar um processo limpo. A dificuldade no
combate às notícias falsas é a velocidade no número de curtidas, que fazem com
que as fake news sejam viralizadas para um grande número de pessoas em pouco
período de tempo.
De
qualquer forma, não se pode assistir inerte a essa guerra suja, que é nociva à
democracia.
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