A voz Ativa do Fake News não pode ser impune nessas eleições!
Há
poucos anos, ninguém imaginaria os cenários que hoje integram nossa realidade.
Seria impensável, por exemplo, que os veículos tradicionais de comunicação
tivessem departamentos dedicados exclusivamente ao combate à desinformação.
Afinal, os jornais, rádios e televisões sempre trabalharam com a informação
precisa, com a checagem dos fatos e das fontes, com uma cuidadosa editoria e
priorizando o interesse público. Isto lhes creditou ao longo do tempo a moeda
mais importante: a credibilidade em alto grau. Entretanto, com a avalanche de
notícias falsas que assolam o Brasil e o mundo, desvirtuando fatos, pessoas e
ideias, e produzindo graves consequências, tornou-se forçoso o combate às fake
news.
A
possibilidade de informação pelas redes sociais, dispensando a assinatura de
veículos tradicionais, parecia um sonhado paraíso, o qual todos celebraram,
quando de seu surgimento. Mas a sonhada facilidade mostrou seu lado covarde e
obscuro. Após a euforia, virou pesadelo. Hoje vivemos inseguros, receosos de
disseminar notícias falsas, que podem impactar negativamente milhares de
pessoas, inclusive afetando sua saúde. Está muito perigoso informar-se pelas
redes. Todos sabemos que existem grupos especializados em difundir notícias
falsas para beneficiar este ou aquele segmento, especialmente na área política.
Cabe
ao cidadão, neste momento, ao receber notícias nas redes, aproximar-se do papel
do jornalista, pesquisando fontes, a credibilidade do veículo que informou, e a
veracidade dos fatos. A humanidade encontra-se diante de um novo desafio. Como
contornar o problema? Legislando sobre o setor? É possível controlar as fake
news sem limitar a liberdade de expressão? Existe, entretanto, uma outra forma
para defender-se desta indústria de falsas informações, sem nenhum efeito
colateral: levar a Educação Midiática para as escolas, preparando cidadãos para
um espírito crítico, essencial ao exercício da cidadania. Ela já está em vigor em
alguns países desenvolvidos.
No Brasil existem projetos já aprovados pelos órgãos competentes, e de fácil implantação. Mas para acolher a ideia é preciso que a Educação e a formação de um espírito crítico sejam prioritárias e urgentes.
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