Se vender o voto, não adianta ir às ruas contra a corrupção! |
As eleições municipais
se aproximam, mais de 150 mil itabunenses estão aptos a votar no dia 4 de
outubro. Neste ano vivemos uma campanha diferente, devido à minirreforma
eleitoral e a pandemia de Coronavírus, as ruas sem cores, não ouvimos o som dos
carros com jingles, foram proibidos os cavaletes e placas grandes nas casas; nas
redes sociais já temos o excesso de informações e discussões muitas vezes sem
fundamentos e os argumentos são rasos e muitas vezes compartilhados sem análise
de fontes. Não vemos muitos debates de ideias e discussões em cima de propostas,
o eleitor parece não escolher os seus representantes e sim ser contrário a
algum que está no poder ou já ocupou cargos representativos.
Os
candidatos começam a
rever suas estratégias e ampliam tempo de exposição nas redes
sociais, buscando um maior relacionamento, um envolvimento direto com o eleitor
que aos longos dos anos vem se mostrando indignado e revoltado com tanta
corrupção, tantos desvios, com consequência de serviços públicos precários,
aumento de violência e uma educação sem qualidade e que ao invés de incluir tem
excluído milhares de itabunenses do mercado de trabalho.
Certa
vez ouvi dizer que o eleitor sente o bolso e o estômago e, portanto, por termos
ainda um voto obrigatório a cultura assistencialista cresceu e sustentou vários
políticos no poder em dois, cinco mandatos, por exemplo, de vereador ou
prefeito. Será que teremos a tão sonhada renovação?
Mesmo
diante de tantas opções, o eleitor de Itabuna sempre diz não ter opção, reclama
não se sentir representando alegando que grupos e nomes antigos voltam sempre a
disputa. Esse direito é garantido na constituição, uma reeleição direta e
depois caso queira o cidadão pode se candidatar novamente. É percebível que não
estamos formando novas lideranças e há um distanciamento dos partidos políticos,
que estão em uma grave crise de credibilidade.
Para
muitos existe o medo do retrocesso em temas complexos, para outros o medo é
econômico e para muitos a questão é segurança pública e o medo de não sermos
tratados em hospitais no caso de uma urgência, a saúde sempre aparece como o
grande problema. Certa vez ouvi essa frase: “O voto não tem preço, tem
consequência” e desde então passei a refletir e posso afirmar que é verdade. Há
anos estamos vivendo as consequências de não darmos importância ao voto,
achamos que é algo passageiro e momentâneo.
Temos
que exercer o direito do voto com alegria, responsabilidade e muita
participação nessa campanha, não podemos deixar que os “velhos” políticos, que
tanto nos revoltam, voltem ou permaneçam no poder por meio do voto, vamos
analisar bem e escolher entre tantas opções que temos, vamos conversar com
nossos familiares e amigos e definir; pois em 2021 homens ou mulheres ocuparão
as vagas de poder, decidindo por nós, propondo leis; distribuindo os recursos
de nossos impostos e, principalmente, construindo ou destruindo o futuro de
nossas crianças, queremos ser protagonista ou apenas expectadores?
Chegou a hora de
sermos a mudança que tanto queremos.
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