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19 de maio de 2020

VOTO NÃO TEM PREÇO; TEM CONSEQUÊNCIA!

Se vender o voto, não adianta ir às ruas contra a corrupção!

As eleições municipais se aproximam, mais de 150 mil itabunenses estão aptos a votar no dia 4 de outubro. Neste ano vivemos uma campanha diferente, devido à minirreforma eleitoral e a pandemia de Coronavírus, as ruas sem cores, não ouvimos o som dos carros com jingles, foram proibidos os cavaletes e placas grandes nas casas; nas redes sociais já temos o excesso de informações e discussões muitas vezes sem fundamentos e os argumentos são rasos e muitas vezes compartilhados sem análise de fontes. Não vemos muitos debates de ideias e discussões em cima de propostas, o eleitor parece não escolher os seus representantes e sim ser contrário a algum que está no poder ou já ocupou cargos representativos.
            Os candidatos começam a
rever suas estratégias e ampliam tempo de exposição nas redes sociais, buscando um maior relacionamento, um envolvimento direto com o eleitor que aos longos dos anos vem se mostrando indignado e revoltado com tanta corrupção, tantos desvios, com consequência de serviços públicos precários, aumento de violência e uma educação sem qualidade e que ao invés de incluir tem excluído milhares de itabunenses do mercado de trabalho.
            Certa vez ouvi dizer que o eleitor sente o bolso e o estômago e, portanto, por termos ainda um voto obrigatório a cultura assistencialista cresceu e sustentou vários políticos no poder em dois, cinco mandatos, por exemplo, de vereador ou prefeito. Será que teremos a tão sonhada renovação?
            Mesmo diante de tantas opções, o eleitor de Itabuna sempre diz não ter opção, reclama não se sentir representando alegando que grupos e nomes antigos voltam sempre a disputa. Esse direito é garantido na constituição, uma reeleição direta e depois caso queira o cidadão pode se candidatar novamente. É percebível que não estamos formando novas lideranças e há um distanciamento dos partidos políticos, que estão em uma grave crise de credibilidade.
            Para muitos existe o medo do retrocesso em temas complexos, para outros o medo é econômico e para muitos a questão é segurança pública e o medo de não sermos tratados em hospitais no caso de uma urgência, a saúde sempre aparece como o grande problema. Certa vez ouvi essa frase: “O voto não tem preço, tem consequência” e desde então passei a refletir e posso afirmar que é verdade. Há anos estamos vivendo as consequências de não darmos importância ao voto, achamos que é algo passageiro e momentâneo.
            Temos que exercer o direito do voto com alegria, responsabilidade e muita participação nessa campanha, não podemos deixar que os “velhos” políticos, que tanto nos revoltam, voltem ou permaneçam no poder por meio do voto, vamos analisar bem e escolher entre tantas opções que temos, vamos conversar com nossos familiares e amigos e definir; pois em 2021 homens ou mulheres ocuparão as vagas de poder, decidindo por nós, propondo leis; distribuindo os recursos de nossos impostos e, principalmente, construindo ou destruindo o futuro de nossas crianças, queremos ser protagonista ou apenas expectadores?
Chegou a hora de sermos a mudança que tanto queremos.

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