As redes sociais tem se tornado "campos férteis", para quem as utilizam com propósitos insanos, ilícitos e hipócritas! |
É equivocada a visão da política como terreno de confronto e que o pressuposto se impõe sobre a possibilidade de uma vitória total, como se fosse possível “aniquilar” o oponente e implanta apenas um lado da agenda. A realidade é que não existe força política em nossa cidade capaz de tal façanha e na democracia as vitórias são sempre parciais. Ainda bem que é assim. Nesse contexto, um dos pontos de maior debate é o papel das redes sociais, em seus vários formatos, no engajamento cívico e político dos cidadãos. A primeira questão que se coloca é a
dúvida quanto aos pesos dos aspectos negativos e positivos que a nova tecnologia impulsiona: em que medida essas novas ferramentas estão criando um distanciamento e atrito entre os cidadãos e seus representantes e a política, ao exigir um comportamento “purista” e sem concessões dos mesmos. A outra hipótese seria a proximidade que a tecnologia permite rivalizar e gerar um fortalecimento do exercício da cidadania e, dessa forma, criar uma aproximação entre o cidadão e as instituições que os representam. Essa aproximação pode permitir a melhor compreensão da dimensão dos desafios que precisam ser enfrentados e as escolhas associados a eles. Os que acreditam na política como uma ferramenta de formação de um “terreno do entendimento” tem a responsabilidade e obrigação de trabalhar para que as tecnologias sejam um instrumento que também aproxime e engaje o cidadão com os seus representantes, que ajude no entendimento de que compromissos e concessões precisam ser firmados para que o processo político avance objetivamente para impactar nossas vidas. Não significa que iniciativas que buscam influenciar e legitimamente pressionar para atender a sua agenda não sejam importantes, mas precisamos cuidar para que o espaço da tecnologia não seja preenchido apenas com essa narrativa de confrontamento, que de certa forma impede o exercício da busca dos consensos necessários ao mínimo funcionamento das instituições. Se cairmos na tentação do uso da tecnologia apenas como ferramenta de “marcação” de posições estaremos matando esse espaço da construção do consenso e vamos regredir para a era das pelejas tribais só que na velocidade digital.
dúvida quanto aos pesos dos aspectos negativos e positivos que a nova tecnologia impulsiona: em que medida essas novas ferramentas estão criando um distanciamento e atrito entre os cidadãos e seus representantes e a política, ao exigir um comportamento “purista” e sem concessões dos mesmos. A outra hipótese seria a proximidade que a tecnologia permite rivalizar e gerar um fortalecimento do exercício da cidadania e, dessa forma, criar uma aproximação entre o cidadão e as instituições que os representam. Essa aproximação pode permitir a melhor compreensão da dimensão dos desafios que precisam ser enfrentados e as escolhas associados a eles. Os que acreditam na política como uma ferramenta de formação de um “terreno do entendimento” tem a responsabilidade e obrigação de trabalhar para que as tecnologias sejam um instrumento que também aproxime e engaje o cidadão com os seus representantes, que ajude no entendimento de que compromissos e concessões precisam ser firmados para que o processo político avance objetivamente para impactar nossas vidas. Não significa que iniciativas que buscam influenciar e legitimamente pressionar para atender a sua agenda não sejam importantes, mas precisamos cuidar para que o espaço da tecnologia não seja preenchido apenas com essa narrativa de confrontamento, que de certa forma impede o exercício da busca dos consensos necessários ao mínimo funcionamento das instituições. Se cairmos na tentação do uso da tecnologia apenas como ferramenta de “marcação” de posições estaremos matando esse espaço da construção do consenso e vamos regredir para a era das pelejas tribais só que na velocidade digital.
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