Mias de 90% dos homicídios em Itabuna, estão no rol dos insolúveis |
Sabemos que capangas são assassinos pagos para cometerem
toda a sorte de crimes. No
Velho Oeste, eles eram conhecidos como “matadores de aluguel” “pistoleiros” ou
“revolveres mercenários”. Mais recentemente bandidos do crime organizado,
exemplo de Al Capone, Pablo Escobar, entre outros figurões, tinham seus capangas
prediletos. A propósito, recentemente morreu o famoso “Popeye” capanga
preferido de Escobar, a quem se atribui, por baixo, 3.000 assassinatos. No
presente momento, com a cultura da morte que sobreveio ao mundo moderno e
ninguém possui uma solução realística para debelá-la, surgiram dezenas,
centenas e milhares, de
capangas que matam, a mando dos chefões Das facções
criminosas, quem lhes contrariam os negócios ilícitos, no paraíso dos ilícitos,
em que transformaram comunidades desprotegidas pelo Estado. Eles camuflam
(sentido figurado) seus crimes com expressões como “apagar”, “silenciar”,
“queima de arquivo”, ou “executar” as vítimas, que encaram como “encomendas”. O
lamentável é que a maioria (?) dos jovens é o que mais pertinentemente podemos
chamar de novos capangas desta realidade caótica. Os jovens dos tempos
pós-modernos são portal do crime. Todos os dias surgem dos quatro cantos da cidade,
relatos lamentáveis sobre: homicídios, assaltos à mão armada, lesões corporais
e tráfico de drogas envolvendo diretamente crianças e adolescentes. Na
realidade só estou reverberando um clamor geral no que toca o assunto da
delinquência juvenil, da prostituição e exploração de crianças e adolescentes.
Grande parte dessa juventude, envolvida diretamente com o crime sob a pecha de
Raios A, B e DMP, é a mais grosseira representação do homem pós-moderno
alienado, que já não se empenha por nada; pois que é produto duma filosofia de
vida em que a verdade e os valores morais são relativos. São moços, de ambos os
sexos, que fazem da inibição, da apatia ou da resignação um mecanismo de defesa
frente ao fracasso reiterado. O fracasso, que altera o significado de vida e o
sentido de tempo na existência desses jovens, alguns ainda adolescentes, faz
manifestar uma fixação e uma incapacidade de conseguir mudanças ou uma melhoria
na desorganizada conduta arbitrário em que estão metidos. Desgraçadamente,
dedução óbvia, há uma forte adesão, por parte da juventude, em aderir ao crime.
Parece que, por opção consciente, estes jovens querem mesmo “ser bandido”. Não
se trata de pessimismo exagerado, mas qualquer cidadão, mesmo que não seja
adepto de reflexões sobre violência, tem que reconhecer que habitamos num mundo
em que a vida não está valendo um picolé. Notadamente, nas mãos dos novos
capangas. Capangas das facções que dominam a periferia de Itabuna. Essa
realidade reflete um verdadeiro horror à vida. Estamos nos matando uns aos
outros. Talvez produto d’uma crença popular de que o poder, a supremacia, o
dinheiro e o prazer sejam mais importantes do que a vida humana.
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