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Câmara

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12 de setembro de 2019

O BEM SEMPRE VENCE

Para cada pessoa do mal, devem existir, no mínimo,
dez mil pessoas de bom caráter e boa conduta!

Se eu for contar o quanto de vezes que quebrei em pedaços, o quanto de vezes em que me vi sem saída, sem chão, o quanto de lágrimas já escorreram desses olhos e o quanto de vezes em que acreditei que não acreditar fosse a melhor escolha. Se eu fosse contar, certamente perderia as contas. A vida é um misto de incertezas, de questões infindáveis com a escolha interna de sim, não, de bem ou mal. Com a escolha de: agirei pelo meu caráter ou me comportarei como tolo mentindo para mim mesmo? Há quem diga e acredite que a injustiça reina no mundo e se pararmos para olhar, realmente, essa é uma realidade, a injustiça realmente opera impetuosamente no mundo, agredindo, tentando calar, sufocar, afogar as pessoas e com elas todos os seus sonhos e esperanças. Mas o bem é uma força que caminha na contramão, na contramão da impossibilidade, na contramão da incredulidade, na contramão da destruição, na direção absolutamente contrária das vozes que dizem que não haverá possibilidade e justiça. O bem aos olhos é menor, pequeno, ínfimo, é como uma partícula que às vezes nem sequer consegue ser enxergada a olho nu, apenas pode ser vista com a força do amor e com a loucura que habita na esperança. O bem é como aquela personagem de filme que ninguém acredita que no final poderá superar o mal, mas de um jeito que ninguém entende bem, vence. O bem vence, pode acreditar. Pequeno como é, invisível à maioria como é, ínfimo, extremamente ínfimo, mas vence. Habita naqueles que também caminham na contramão da impossibilidade, já que não poderiam seguir outro caminho senão o da bondade, o da escolha, escolha pela solidão, pelo caminho que leva à perdição, sim, perdição. Não foi aquele homem simples que caminhou entre os viventes, conhecido como Jesus Cristo, que disse que quem quisesse salvar a sua vida a perderia e que aquele que a perdesse por amor Dele, da bondade, se salvaria? O bem é uma escolha, árdua. Escolher esse caminho, acreditar nesse caminho é uma sina, uma cruz, uma condição de certa forma. No final, é essa força, esse pedaço de esperança, é essa partícula que vence. No bem, o mal não subsiste, no bem o que é mentira não fica, no bem não há espaço para achismos. Quem escolhe esse caminho, está fadado a lutas, a batalhas, mas no final, as recompensas são vistas, não apenas sobre si, mas sobre a posteridade. Pequeno, mas sempre vence. Invisível aos olhos, mas mais real do que os resplandecentes montes e vales. O bem sempre vencerá e a tempestade maligna jamais poderá mudar essa ordem, esse curso, a força desse adorno do amor.

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