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8 de agosto de 2019

ESTAMOS NO MATO SEM CACHORRO

Muitas das nossas mazelas, tem origem na falta de vergonha na cara!

Uma das coisas que mais chamou a atenção da minha sobrinha Carlinha, em Paris (França), foi o sistema de transporte público. Os metrôs, os bondes, os ônibus e a quantidade de pontos de aluguéis de bicicletas são fantásticos. Nos metrôs ela revelou que a gente só precisa comprar um cartão magnetizado e passar pelas roletas sem nem ao menos tirá-lo da bolsa. A foto que precisamos colocar no tal cartão é feita pelo próprio usuário que se auto retrata depositando numa maquininha algumas moedas. Nos ônibus não existem cobradores porque o mesmo cartão do metrô serve para os bondes e também para esse tipo de transporte. Quando você não tem o cartão paga a passagem para o motorista mesmo, e todo mundo paga. Em, praticamente, toda esquina existe umas 100 bicicletas instaladas no “bicicletário”. E lá, tudo é digital. A pessoa que quer alugar uma bicicleta passa seu cartão de crédito na maquininha e a bike é liberada. A pessoa anda o quanto quiser e depois deixa a bicicleta em outro “bicicletário”. Tudo muito prático, organizado. Lá funciona. Aqui a coisa é bem diferente. Li em matéria publicada no Jornal O Globo, na última terça-feira que a cidade do Rio de Janeiro, que tem 140 Km de ciclovias, o maior número de quilômetros de ciclovias do mundo, importou o mesmo sistema de Paris para estimular as pessoas a andarem de bicicleta e deixarem seus carros em casa. Com esse sistema, o Rio de Janeiro conseguiria diminuir a emissão de gases poluentes e facilitaria a vida de seus moradores. Tudo engano. Em menos de um mês de implantação dos primeiros “bicicletários” na Zona Sul carioca, das 110 bikes para aluguel 56 foram roubadas. Só 4 foram recuperadas pela polícia e a empresa, que gastou uma fortuna para implantar esse sistema, já jogou a toalha. Mais de 50% das bicicletas disponibilizadas foram roubadas e o negócio se mostrou inviável. A empresa já recolheu o restante das bicicletas e diz que não vai continuar com o negócio. Como é que chegaremos ao estágio de primeiro mundo se no nosso país existem tantas pessoas com espírito de porco? As igrejas já não amedrontam mais as pessoas com o fogo do inferno e o mandamento bíblico, não roubarás, caiu no esquecimento. Aliás, se todos seguissem os 10 mandamentos não haveria necessidade de tanta polícia, tantos presídios, tantas leis. Enquanto a educação não for priorizada, até mesmo no seio da família, enquanto as penas não forem mais severas, de nada vai adiantar os governantes quererem implantar projetos inovadores que dependam do bom comportamento humano para darem certo. É lamentável.

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