Muitas das nossas mazelas, tem origem na falta de vergonha na cara! |
Uma das coisas que mais chamou a atenção da minha
sobrinha Carlinha, em Paris (França), foi o sistema de transporte público. Os
metrôs, os bondes, os ônibus e a quantidade de pontos de aluguéis de bicicletas
são fantásticos. Nos metrôs ela revelou que a gente só precisa comprar um
cartão magnetizado e passar pelas roletas sem nem ao menos tirá-lo da bolsa. A
foto que precisamos colocar no tal cartão é feita pelo próprio usuário que se
auto retrata depositando numa maquininha algumas moedas. Nos ônibus não existem
cobradores porque o mesmo cartão do metrô serve para os bondes e também para
esse tipo de transporte. Quando você não tem o cartão paga a passagem para o
motorista mesmo, e todo mundo paga. Em, praticamente, toda esquina existe umas
100 bicicletas instaladas no “bicicletário”. E lá, tudo é digital. A pessoa que
quer alugar uma bicicleta passa seu cartão de crédito na maquininha e a bike é
liberada. A pessoa anda o quanto quiser e depois deixa a bicicleta em outro
“bicicletário”. Tudo muito prático, organizado. Lá funciona. Aqui a coisa é bem
diferente. Li em matéria publicada no Jornal O Globo, na última terça-feira que
a cidade do Rio de Janeiro, que tem 140 Km de ciclovias, o maior número de
quilômetros de ciclovias do mundo, importou o mesmo sistema de Paris para
estimular as pessoas a andarem de bicicleta e deixarem seus carros em casa. Com
esse sistema, o Rio de Janeiro conseguiria diminuir a emissão de gases
poluentes e facilitaria a vida de seus moradores. Tudo engano. Em menos de um
mês de implantação dos primeiros “bicicletários” na Zona Sul carioca, das 110
bikes para aluguel 56 foram roubadas. Só 4 foram recuperadas pela polícia e a
empresa, que gastou uma fortuna para implantar esse sistema, já jogou a toalha.
Mais de 50% das bicicletas disponibilizadas foram roubadas e o negócio se
mostrou inviável. A empresa já recolheu o restante das bicicletas e diz que não
vai continuar com o negócio. Como é que chegaremos ao estágio de primeiro mundo
se no nosso país existem tantas pessoas com espírito de porco? As igrejas já
não amedrontam mais as pessoas com o fogo do inferno e o mandamento bíblico,
não roubarás, caiu no esquecimento. Aliás, se todos seguissem os 10 mandamentos
não haveria necessidade de tanta polícia, tantos presídios, tantas leis.
Enquanto a educação não for priorizada, até mesmo no seio da família, enquanto
as penas não forem mais severas, de nada vai adiantar os governantes quererem
implantar projetos inovadores que dependam do bom comportamento humano para
darem certo. É lamentável.
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