Estamos cercados de belzebus, que parecem bons anjinhos! |
Desanima
qualquer cristão (e qualquer não-cristão) ver diariamente políticos de diversos
partidos – PT, MDB, PSDB, PP, PR, PSD, DEM, PSB, PCdoB etc etc - e de todos os
estados envolvidos com dinheiro ilícito, Caixa 2 e corrupção. Mas, a verdade é
que há muitos que não estão citados em nenhuma lista de corrupção. O fato é que
o desencanto com a classe política faz surgir o "não político", Que é
tão perigoso quando o político. Porque faz política fingindo não fazê-la. E
posa de divindade do templo, de superior aos outros por não "chafurdar na
lama". Um equívoco. Toda ação social é um ato político. A forma como
lidamos com os colegas de trabalho é política. Organizar os times do final de
semana no campeonato do bairro sem que haja brigas, é fazer política. Os
"não-políticos" querem passar a sensação de que não fazem política.
Sem faze-la eles não dirigiriam um clube de futebol de botão de bairro. Em
1989, tivemos um "não-político", Fernando Collor, e deu no que deu. Hoje
temos alguns "não-políticos" que se destacam, como João Dória, que
foi eleito prefeito de São Paulo com este discurso e o próprio presidente Bolsonaro.
O crescimento deles é o efeito colateral da repulsa aos "políticos
profissionais". Fenômeno que aconteceu nos EUA, quando o
"não-político" Trump venceu a "política profissional e sem
credibilidade" Hillary Clinton. Em 2020, confiar o voto aos supostos
"não-políticos" para evitar votar nos políticos convencionais dos
partidos envolvidos com corrupção, é como para evitar os lobos, confiar no lobo
vestido de cordeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.