As drogas são o pior inimigo de uma vida saudável e feliz |
A mulher vagava pelas ruas úmidas de
chuva. Uma das mãos, ensanguentada, segurava, ainda, a faca manchada de
vermelho. Ela cumpriu seu destino: não pensava, não gemia, não chorava; muito
menos ria. Não lhe importavam os olhares curiosos que a observavam. Ela seguia
de pés descalços rua abaixo. Um policial se aproximou dela, tomando-lhe a arma
e prendendo-lhe os pulsos numa fria algema de aço, enquanto populares, em
reboliço, aproximavam-se dela. Sem reação, como se ali só seu corpo estivesse
presente, acompanhou o militar; alheia e silenciosa, como se o mundo à sua
volta não existisse. E assim, indiferente, seguiu o policial até a delegacia.
Não conseguiram arrancar dela uma única palavra. A moça permanecia muda e fria,
com aquele olhar imóvel, fixo no vazio. Não gaguejou uma simples palavra de
defesa. Trancafiaram ela na prisão, onde permaneceu com a mesma postura
ausente, encolhida em um canto. Soube-se, depois, que o homem que matara dera
uma dose fatal ao seu único filho viciado em droga. Infelizmente, hoje em dia,
a droga parece que tomou conta das cidades. Sobretudo em Itabuna. Que solução
assumir! Como é triste para os pais ver seus filhos dominados por essas drogas
de consequências tão desastrosas, que têm dominado, sobretudo, grande parte da
mocidade, no seu desejo de independência, mas que os tornam escravos de um mal tão
terrível. Que medidas adotar? Prender quem vende ou quem toma não tem
resolvido. O que precisa ser feito é um duro policiamento nas fronteiras do
País, ainda mais que os maiores produtores estão à nossa volta. Entretanto, o
ínfimo número de policiais que existem para guardar tão extensas fronteiras é
irrisório. A infame erva gera muito dinheiro; os inconscientes traficantes
pouco se importam com o mal que estão fazendo. A atração da riqueza e do
conforto que ele lhes traz com esse maldito comércio é muito mais importante.
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