Políticos corruptos sempre se elegem sob o peleguismo de eleitores inconsequentes e inconscientes do mal que apoiam! |
É lamentável ter que admitir que a
violência e a corrupção não sejam prioridade para a sociedade itabunense, ou
ter que admitir que nosso povo não tem noção de cidadania, isto é, não consegue
associar violência e corrupção a falta de educação, saúde, transportes,
segurança, enfim, a tantos serviços essenciais que nos são oferecidos de modos
precários, tudo porque faltam recursos, ou melhor, eles existem, mas vão para a
corrupção e por isto é que faltam. É lamentável, observar que a corrupção não é
algo essencial a ser combatido pela sociedade nas escolhas de seus candidatos.
Quando se promove passeadas em favor da liberação da maconha, são centenas de
manifestantes e apoiadores. Nas passeadas dos homossexuais se ultrapassa a casa
de milhares de manifestantes (nada contra), no entanto, contra a violência e a
corrupção, a favor da ficha limpa são apenas algumas dezenas de pessoas em
Itabuna. Estamos há um ano e meio de uma eleição, onde escolheremos novos
representantes para os poderes públicos municipais e, lamentavelmente, suspeitamos
que a corrupção não será o fator prioritário do eleitor na escolha de seus
governantes, pois virão as frases como “rouba, mas faz” ou “todos roubam” ou
ainda “entre roubar e fazer fico com aquele que rouba, mas faz” e assim por
diante. Certamente, haverá as entidades procurando trabalhar no voto consciente
como é de costume acontecer. Os jornais, rádios e Tvs procurando conscientizar os
seus seguidores. As propagandas nas mídias tanto da Ongs como das instituições
como Ministério Público, Poder Judiciário, procurando orientar os eleitores,
porém, sabemos que pouco influirá, pois a força da retórica, o descompromisso
do eleitor com a política e com seu dever cívico em favor do coletivo e os
benefícios pessoais falarão mais alto e, como na passeada, observaremos que
poucos eleitores têm o espírito público e de cidadania. Dois fatores são
fundamentais para a escolha de um vereador ou prefeito que são: idoneidade e
capacidade intelectual ao cargo escolhido. Ou seja, um político precisa ser uma
pessoa que tenha uma vida exemplar e pautada na honestidade. Uma pessoa que
tenha referencias de seriedade e uma vida pública que a honre para que se habilite
para o cargo pretendido. Também, precisa estar apto para exercê-lo, que tenha
conhecimento de direito. Que tenha conhecimento mínimo intelectual (estudo)
para não ser manipulado pelos seus pares. Um político precisa saber distinguir
alhos de bugalhos. Enfim, não basta ser idôneo se não tem ação ou se é uma
pessoa que tenha habilidades para o cargo, mas não tem idoneidade. Em suma,
antes de questionar nossos políticos, precisamos questionar nós mesmos, os
políticos são eleitos e nós que os elegemos. No entanto, ao vermos e refletimos
as manifestações públicas contra a corrupção, certamente, já conheceremos o
final das histórias eleitorais.
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