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26 de julho de 2019

A BAHIA ESTÁ EM PLENO ESTADO DE INSEGURANÇA

A violência na Bahia está tão exagerada, que ladrões estão roubando ladrões!
Inevitavelmente, os métodos criminosos espalham-se em consonância com a instantaneidade contemporânea das mídias digitais. As ações criminosas ocorridas em Itabuna reproduzem crimes que impactaram as populações paulistas e cariocas há relativamente pouco tempo. Como nos modismos em consumo, cultura, esporte e tudo o mais, as metrópoles ditam moda. No mundo do crime, de certa forma, também sempre foi assim. As novidades do momento são a rapidez com que os comportamentos criminosos se espalham e a intensidade com que alcançam os lugares mais distintos. Há cerca de dez anos, aconteceu uma mudança radical no perfil do crime organizado na Bahia, e certamente tal fenômeno repetiu-se noutros Estados. Os presídios viraram uma espécie de central de escritórios, de onde as mais variadas quadrilhas são pilotadas por controle remoto. O tráfico de drogas transformou-se de atividade “artesanal” em “industrial”, reproduzindo inclusive o modelo de dominação imposto contra áreas de moradias populares, tal qual o figurino imperante nos morros cariocas (todos nas mãos de quadrilhas de traficantes até antes das experiências das invasões militares que desalojaram alguns chefões de suas posições de poder nas favelas). As quadrilhas, dirigidas por presidiários ou chefões em liberdade, estão dando demonstrações de força e do mais profundo desrespeito à população e à Justiça. Dizem, em altas labaredas, que não temem a polícia e não se deterão frente às medidas que têm sido tomadas pelos responsáveis pela segurança pública. Necessária, e urgentíssima, se faz alguma mudança radical na política de defesa social. Sair da defensiva é uma questão de sobrevivência para quem tem a missão de defender a lei e a ordem. O crime organizado precisa ser enfrentado na Bahia. Não dar mais, por exemplo, contar mortos diariamente em Itabuna.

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