O silêncio é aliado da violência doméstica! |
A violência não tem lugar determinado para aparecer. Pode surgir entre inimigos, no meio de uma discussão, no trânsito, na escola, na rua e até mesmo no que deveria ser mais improvável: no lar. Infelizmente, notícias de violência doméstica chegam às delegacias diariamente. No Brasil, a cada dois segundos, uma mulher é vítima de alguma forma de violência. Um… dois! Neste exato momento alguém sofre e pode estar muito próximo de você. Talvez uma vizinha, uma colega de trabalho, uma amiga ou até mesmo alguém sob o mesmo teto. Com tristeza, deparei-me com a matéria sobre uma mãe que precisou fugir de casa com os filhos para protegê-los do esposo, padrasto das quatro crianças. A família vive na zona rural de Buerarema, e, como o local é de difícil acesso, a polícia demorou para conseguir chegar após ser acionada. A mulher e as crianças foram localizadas andando por um ramal. No boletim de ocorrência, os relatos são de que o homem, que já possui um histórico violento, quebrou a costela de um dos meninos e a mão de outro. Essas quatro crianças cresceram cercados pela violência e foram vítimas de um homem cruel. Enquanto deveriam ter carinho, elas receberam dor, medo, sofrimento. Então, como quebrar esse ciclo da violência se tudo o que elas conhecem é isso? A mãe, com medo, agora aguarda por ajuda, proteção, seja ela das autoridades ou divina. Tudo é bem-vindo. Quantas mulheres e crianças vivem um verdadeiro inferno dentro da própria casa? Quantas ainda precisam ser feridas ou mortas para o sistema conseguir por um fim a isso? É necessário urgentemente enfiar a colher na briga de marido e mulher! A ninguém cabe se omitir diante da violência! E a você que sofre algo parecido, quero que saiba que não está sozinha. Denuncie.
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