Considero estupidez o eleitor não votar . Isto fez Cuma ser eleito com apenas 34 mil votos, enquanto quase 50 mil não votaram em nenhum dos outros oito prefeituráveis nas eleições de 2016. |
Dias atrás estava
lendo uma reportagem que falava sobre o que os jovens acham da política. O que
me chamou a atenção foi o fato de que a cada dez jovens entrevistados, apenas
um se dizia ansioso para começar a votar. A grande maioria afirmava que só
iriam tirar o título de eleitor aos 18 anos e só o fariam por ser obrigatório.
Eles eram categóricos em afirmar que não gostavam de política. A frase pode até
parecer clichê, porém, é verdadeira: os jovens são o futuro da nação. O fato de
crescer o desinteresse desses jovens pela política me preocupa e muito, pois,
se realmente eles são o futuro, então, o que podemos esperar deles? Acho que
deveria se abrir um amplo debate nas escolas sobre a importância da
participação consciente da juventude na política. Há 22 anos, a juventude
brasileira tomava as ruas de todo o País, vestidos de preto, com as caras
pintadas de verde e amarelo, gritando “Fora, Collor”. Acreditavam que iam
derrubar o presidente e, foi exatamente isso que aconteceu, eles conseguiram
tirar do poder o maior representante de uma nação, o presidente da República.
Mas de lá pra cá, parece que está caindo a quantidade de jovens interessados em
participar de política. Se números permitem constatar o desinteresse do jovem
no exercício de um direito seu, é o caso de perguntar as razões desse fato. Por
que os jovens parecem ter perdido o interesse pela política? O que explica o
crescente número de jovens que não faz questão de tirar o título de eleitor e
de votar? Acho lamentável este desinteresse, pois, a renúncia ao exercício de
um direito, tão imprópria do idealismo juvenil, mostra o grau da frustração do
adolescente. É um tiro na democracia e uma vitória dos demagogos, dos
desonestos, dos oportunistas e dos que vivem de costas para a ética.
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