Depois de eleito o prefeito some e consome o juízo do povo! |
Um dos maiores prejuízos que um político pode causar à sua cidade é governar do mesmo modo como faz campanha: vociferando bravatas. O problema central desse tipo de conduta é que, depois de eleito, o "vociferar" costuma se manifestar por meio de decretos que podem dar à população a impressão de que, sim, ele tem aquilo roxo e vai fazer acontecer - afinal, pôs até no papel. O estilo parece servir como luva em Fernando Gomes (Cuma), prefeito de Itabuna, que transformou duas bravatas em atos de governo e, agora, colhe o sabor amargo das insatisfações que suas intempestivas decisões enfrentaram. Primeiro, transformou a Prefeitura em Cabide de Emprego para seus parentes e aderentes parasitas. E já exonerou mais de 1.500 servidores, porque ultrapassou os 54% do limite de gasto com pessoal, exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal e para sobrar verbas com as quais paga seus apadrinhados e cupinchas. Os demitidos viram que o problema é que um prefeito não é pago para posar de justo com quem o ajudou a ser eleito, e sim para fazer o justo se tornar possível, por meio de eficiência administrativa e conhecimento legal das normas estabelecidas. Suas nomeações foram revestidas de uma legalidade tão sustentável quanto as roupas no varal durante um vendaval. Na esteira do comportamento bravateiro, novo revés, desta vez na composição do seu primeiro escalão de governo, pois o número de quem integra seu secretariado, hoje é menor que a quantidade de secretários que já foram exonerados. Só na Saúde, o quinto está preste a sair. Quem apostou que um "velho" traria alguma espécie de renovação política deve ter percebido que a "experiência" em Itabuna parou na idade do prefeito - o que não deixa de ser uma qualidade neste caso, já que dizem que, para os idosos, é mais fácil tomar decisões corretas, pois nem sempre há tempo para mudar.
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