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27 de janeiro de 2019

O PROBLEMA NÃO ESTÁ APENAS NO GANHO DE MARAJÁ DO VEREADOR

O salário do vereador só é de marajá, porque seu
desempenho é de quem não gosta de trabalhar!
Em meio à crise econômica, o subsídio de vereadores vira, de novo, alvo de críticas. Esporadicamente, surgem em cidades da região movimentos que pedem a redução dos rendimentos de parlamentares. Talvez o problema, porém, envolva mais que o valor dos subsídios, que, embora sejam bem maiores que a renda média dos trabalhadores, em poucos casos chegam a extremos. A questão maior que pode estar por trás da revolta é a percepção que se tem do trabalho dos vereadores. Porque pagar bem a quem não faz um trabalho reconhecidamente bem feito? Não é preciso um longo passeio pelas ruas para perceber que não se tem grande apreço pelas atividades parlamentares. Os motivos são vários. O afastamento das verdadeiras demandas populares, e a impressão de que os vereadores não cumprem sua função, principalmente ao não fiscalizar o Executivo, talvez sejam os principais. A sensação nem é tanto de que ganham demais. É de que ganham muito pelo que fazem na prática. Já foi dito neste espaço que é um absurdo que vereadores definam os próprios rendimentos, assim como deputados. Deveria haver um conselho popular para afixar os subsídios, ou algo como referendo, jamais deixar a escolha aos próprios beneficiados. Não faz sentido algum. O movimento em curso nas redes sociais é importante para que se discuta o assunto dos subsídios parlamentares sem hipocrisia. Mas é mais importante ainda por levantar a possibilidade de se discutir o trabalho dos vereadores. Hoje, com a série de ferramentas que permitem o acesso a informações de órgãos públicos, é mais fácil que o cidadão se torne um vigilante de seus representantes. A discussão sobre o assunto pode ajudar a incentivar o surgimento desses fiscais.

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