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25 de janeiro de 2019

NÃO HÁ CIDADÃO SEM UNIÃO DE FAMÍLIA COM EDUCAÇÃO

A família é base para o que se consolida numa sala de aula!
Existe algo que me incomoda bastante na relação entre família e escola: os pais estão cada vez mais transferindo toda a responsabilidade de educar os jovens para a escola, estão se eximindo, por necessidade, acomodação ou negligência, da educação básica da criança, que começa em casa, no seio da família, e segue com naturalidade para o mundo escolar. A terceirização educacional da família para a conta da escola está tornando esta geração um problema para a própria sociedade. Quando o jovem não tem os pais para orientá-lo desde muito cedo, fica difícil (senão impossível), para qualquer instituição de ensino repassar valores ao educando, deixá-lo atento, por exemplo, para os perigos das drogas ou dos descaminhos da vida. Por que é tão difícil para a família contemporânea instruir os filhos e lhes apontar a direção certa? Pior ainda: por que pai e mãe jogam para a escola aquilo que lhes cabe por obrigação? É da competência da família algumas coisas e da escola, outras. Uma máxima grega antiga diz: “Aprendi observando os males alheios”. Essa sentença muito me serviu nos últimos trinta e tantos anos por erros que cometi e ainda me é útil porque me traz uma série de lições de vida que a levo para minha índole de pai. Já vi muito pai tirar dos próprios filhos oportunidades porque não soube conduzi-los bem, ou porque se eximiu de suas responsabilidades diante dos filhos, deixando-as, por completo, para a escola. Nada mais irresponsável e destruidor. Não é raro pais dizerem: “Não sei mais o que fazer. Eu já fiz o que pude, não aguento mais; esse menino não me escuta”. Diante de uma declaração tão miseravelmente comum, o que pode alguém fazer? Diante desse fracasso familiar, o que alguém pode esperar da juventude? Sabe-se que a parte que cabe aos pais é insubstituível (ou seja, pai e mãe precisam passar aos filhos noções educacionais de valorização à vida, às pessoas, à cultura e aos bons costumes) e esses mesmos responsáveis jamais podem transmitir poderes para a escola resolver aquilo que é competência apenas da família. Assim, a própria sociedade carece se voltar para esse problema com o qual todos nós devemos nos preocupar. Muito se sabe sobre aquilo de que a educação precisa para ser esse instrumento transformador, mas algo necessita estar em pauta: para que todo o sistema educacional (do início ao fim) dê certo, cada pai de família tem sua cota de responsabilidade com os filhos. Forma-se a base moral e educativa em casa e deixa-se a escola fortificá-la. Todo pai quer ver seus filhos bem, com emprego e salário dignos. Que se conscientize de que os frutos somente serão colhidos quando ele se prontificar a pagar o preço de uma boa educação junto com a escola.

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