Tive a honra e o privilégio de homenagear José Adervan em vida! |
Na Inglaterra, na Argentina ou no
Chile, um vereador de capital como o Rio custa ao contribuinte entre R$ 100 mil
e R$ 120 mil por ano. Na maioria das capitais brasileiras também. Em Itabuna
não é diferente. Cada um nos custa mais de R$ 120 mil anuais. Dá o que pensar
pois, numa comparação mundial, se entregamos um naco de mais de R$ 15 milhões
dos impostos aos 21 que temos é porque, em tese pelo menos, seriam muito mais
capazes na prestação de serviços à cidade. Mas não é o que se percebe ao
examinar as entranhas da Câmara Municipal. No site, quem tentar conhecer os
fundamentos da “atividade parlamentar” será apresentado a um longo texto que
define “homenagens”. Nele descobrirá que os vereadores de Itabuna se atribuem o
poder de homenagear quem lhes der na telha, no Brasil e no mundo, com sua
principal comenda Otaciana Pinto, moções de louvores e condecorações variadas. Mas,
para que não se pense que só legislam em causa própria, são pródigos os
vereadores itabunenses na produção de projetos de lei, instrumentos que,
teoricamente, deveriam tratar à minúcia de questões fundamentais para a vida da
cidade. Mas, entre outras inutilidades, a Câmara já conseguiu propor a criação de
uma lei para castrar cães abandonados e “carentes”; temas aos quais se possa
atribuir relevância são raros. Não se pode, portanto, classificar como
produtivo o trabalho da maioria dessa gente. Apesar disso, entre técnicos,
assessores e funcionários em geral, a Câmara emprega mais de duzentas pessoas.
São esses vereadores, para os quais pagamos até a gasolina, que acabam de fechar
as portas para questões importantes e urgentes como os fechamentos de escolas,
postos policiais e hospitais na cidade. Justamente quando a cidade mais precisa
de ajuda para voltar a ficar de pé. Mas, tem algo de bom nisso: mostra que a
maioria dos próprios vereadores não serve para nada. Tanto, que uma lei criada
e aprovada pelos atuais vereadores e já sancionada pelo presidente da Casa,
Chico Reis (PSDB), está sem praticidade desde o primeiro ano da atual legislatura;
trata-se da lei de autoria dos vereadores Júnior Brandão (PT), Júnior do Trator
(PHS) e Babá Cearense (PHS), que cria a Comenda Jornalista José Adervan, cujo
objetivo é homenagear profissionais da imprensa de Itabuna. Este fato revela o
quanto a maioria dos vereadores itabunenses, não serve nem para cumprir uma lei
que eles mesmos criaram, debateram, votaram e aprovaram. Este fato revela o
quanto os vereadores de Itabuna e em especial o presidente Chico Reis,
desrespeitam suas próprias prerrogativas e deveres; constrangem iniciativas dos
seus assemelhados de Câmara; desdenham do merecimento de reconhecimento
institucional aos profissionais de imprensa e cometem uma injustiça póstuma
contra um jornalista, que tanto contribuiu para o engrandecimento e
aperfeiçoamento das ações legislativas; informações, esclarecimentos,
conscientização e formação de opinião para o povo de Itabuna. É profundamente
lamentável este comportamento dos atuais vereadores de Itabuna. Chico Reis está
sendo, no mínimo, desmerecedor do apreço de todos profissionais de imprensa de
Itabuna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.