“Fake news”: o poder de destruição de histórias inventadas! |
Assim como ocorreu em 2014, as eleições de 2018 vão ficar
marcadas pela confirmação das redes sociais como a principal “arena” de
confronto entre as forças políticas. Enquanto a campanha de rua vem ocorrendo,
relativamente, de forma morna, no universo virtual o clima é de guerra, e as
armas são fotos, vídeos, memes, troca de insultos e divulgação de notícias
falsas contra os adversários. Não
que o fenômeno das redes sociais seja um mal em si. Graças à internet, é
possível propagar mensagens de forma rápida e barata, atingindo um público
numeroso quase instantaneamente. Em 2008, o Twitter foi o principal aliado do
então candidato Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos. No Brasil, as
principais ferramentas são o Facebook e agora, mais do que nunca, o WhatsApp. O
problema é que o fato de a internet proporcionar uma democratização da
informação traz, como efeito colateral, a disseminação de notícias falsas. E
não se trata da ação apenas de cidadãos agindo isoladamente, mas também é um
trabalho executado por verdadeiras milícias cibernéticas, especializadas em
plantar e espalhar notícias falsas. Baseiam-se no princípio de que uma mentira
dita mil vezes torna-se verdade. Trata-se de uma guerra suja praticamente
impossível de controlar. A
situação é tão séria que integrantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos
(CNDH) disseram na sexta-feira que as instituições brasileiras foram omissas
diante dos atos de violência e da disseminação de fake news associados às
eleições no País. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra
Rosa Weber, anunciou medidas de combate à disseminação de fake news nas redes
sociais, para impedir candidatos e partidos de compartilhar conteúdo falso
durante a campanha eleitoral.
Há dúvidas de que tais medidas surtam efeito. A dificuldade no combate às
notícias falsas é a velocidade no número de curtidas, que fazem com que as fake
news sejam viralizadas para um grande número de pessoas em pouco período de
tempo. De qualquer forma, não se pode assistir inerte a essa guerra suja, que é
nociva à democracia.
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