Liberdade de expressão, negociação, eleição delimitam espaços |
Não é
novidade que vivemos em um mundo onde não se sabe conviver com o contraditório.
É fato que boa parte da história da humanidade tem sido escrita pelos embates
entre grupos que fazem de suas diferenças étnicas, religiosas, culturais,
ideológicas, econômicas ou políticas, o germe de rivalidades inconciliáveis!
Não concordar com a opinião do próximo, que muitas vezes acaba se revelando não
ser tão próximo assim, muitas vezes é sentença de “morte”. E se isso acontece
entre pessoas do mesmo convívio, imagina em outros cenários. Esta tentativa de
tornar o outro igual a mim é uma forma errada de pensar. Temos que procurar
manter a unidade na diversidade. Como dizia o apóstolo Paulo, o corpo, mesmo
sendo um só, tem vários membros, cada um diferente do outro, porém cada qual
tem sua função vital. Da mesma forma é na sociedade. Pessoas diferentes, ideias
divergentes. Ninguém é obrigado a concordar com nada, sendo direito individual
acreditar e achar o que bem entender, mas isso não é uma autorização para fazer
e falar o que quiser. Infelizmente, isso é o que mais se vê por aí, em
especial, na internet. Inúmeras e incontáveis cenas de intolerância, das mais
variadas. Será que não é possível ter opiniões divergentes, sem que isso cause
um problema entre as pessoas? Diante de uma opinião contrária, é necessário
mesmo um debate colocando a honra e a dignidade das pessoas em suspeição? As
discordâncias fazem uma sociedade mais justa e igualitária. E, sim, tem-se como
chegar a solução de um problema realizando um debate ético, justo e respeitoso.
É dessa junção de ideias que surgirá uma sociedade melhor e não da disputa para
saber quem está com a razão.
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