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21 de abril de 2018

“DISCORDO DO QUE VOCÊ DIZ, MAS DEFENDEREI ATÉ A MORTE SEU DIREITO DE DIZÊ-LO” (VOLTAIRE)

Liberdade de expressão, negociação, eleição delimitam espaços

Não é novidade que vivemos em um mundo onde não se sabe conviver com o contraditório. É fato que boa parte da história da humanidade tem sido escrita pelos embates entre grupos que fazem de suas diferenças étnicas, religiosas, culturais, ideológicas, econômicas ou políticas, o germe de rivalidades inconciliáveis! Não concordar com a opinião do próximo, que muitas vezes acaba se revelando não ser tão próximo assim, muitas vezes é sentença de “morte”. E se isso acontece entre pessoas do mesmo convívio, imagina em outros cenários. Esta tentativa de tornar o outro igual a mim é uma forma errada de pensar. Temos que procurar manter a unidade na diversidade. Como dizia o apóstolo Paulo, o corpo, mesmo sendo um só, tem vários membros, cada um diferente do outro, porém cada qual tem sua função vital. Da mesma forma é na sociedade. Pessoas diferentes, ideias divergentes. Ninguém é obrigado a concordar com nada, sendo direito individual acreditar e achar o que bem entender, mas isso não é uma autorização para fazer e falar o que quiser. Infelizmente, isso é o que mais se vê por aí, em especial, na internet. Inúmeras e incontáveis cenas de intolerância, das mais variadas. Será que não é possível ter opiniões divergentes, sem que isso cause um problema entre as pessoas? Diante de uma opinião contrária, é necessário mesmo um debate colocando a honra e a dignidade das pessoas em suspeição? As discordâncias fazem uma sociedade mais justa e igualitária. E, sim, tem-se como chegar a solução de um problema realizando um debate ético, justo e respeitoso. É dessa junção de ideias que surgirá uma sociedade melhor e não da disputa para saber quem está com a razão.

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