Antes de se candidatar, Wagner terá que se livrar dos processos que estão sob a investigação e julgamento do Juiz Sérgio Moro! |
A
chapa da candidatura à reeleição do governador Rui Costa (PT) possui ao menos
uma vaga além das quatro já discutidas publicamente pela imprensa. A razão é
que o grupo político em torno do governador considera que, diante do cenário
atual, o ex-governador Jaques Wagner seria eleito senador e pediria licença do
cargo para ocupar uma secretaria, deixando o primeiro suplente na cadeira no
Senado. Atualmente, Wagner é o único candidato já confirmado à Câmara Alta e,
por mais que avente a possibilidade de abrir mão da vaga para evitar uma rusga
interna na base do governador, é considerado o nome mais competitivo do grupo
para o Senado. No contexto hodierno, Rui é candidatíssimo à reeleição e deve
manter João Leão (PP) como vice. Nas duas vagas para senador sobram
interessados, além do próprio Wagner. Estão na disputa o PSD, com Angelo
Coronel à frente, o PR, que teria a filiação de Ronaldo Carletto com foco em
participar do embate, e o PSB, com Lídice da Mata, candidata à reeleição – o
PCdoB até insiste na tese de Alice Portugal, porém é um projeto natimorto. Com
a hipótese de Wagner acabar convocado para uma secretaria no virtual segundo
governo de Rui, a vaga de suplente seria um coringa na negociação para manter a
base coesa, opção já considerada por alguns dos envolvidos no processo. Segundo
informações de bastidores, o ex-governador teria feito a proposta e recebido um
aval positivo para acalmar os ânimos daquele que ameaçava mais fortemente
provocar um racha entre os aliados, o deputado federal Ronaldo Carletto. Assim,
o grupo político liderado pelo empresário se manteria fiel ao governo e, de
quebra, Rui teria o PP com Leão e um PR fortalecido com a adesão de Carletto e
um séquito de políticos. Caso se confirme a articulação, Rui agora precisaria
apenas encontrar um denominador comum para agradar o PSD e o PSB, as outras
duas legendas que estão realmente na disputa pela vaga de senador. Na ponta do
lápis, as contas começam a ficar redondas do lado de Rui. A oposição, por sua
vez, ainda tem muitos cálculos a fazer. Por Fernando Duarte.
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