Torçamos que o Exército não esteja sendo usado apenas para atuarem no projeto político e eleitoral do presidente Temer! |
O Congresso Nacional autorizou a União a
intervir no Rio de Janeiro na área da segurança pública até o dia 31 de
dezembro deste ano. Assim, o governo federal tem o sinal verde dos
parlamentares para nomear o general Walter Braga Netto como interventor do
estado, e prosseguir com as operações de combate à violência. A medida,
defendida como excessiva mas necessária, em vista da situação calamitosa da
segurança do Rio, é vista com desconfiança por analistas. É possível que a
intervenção dê resultados positivos em curto prazo, mas também é razoável supor
que se tratará de uma melhora momentânea. É bom lembrar que o Rio de Janeiro
vive atualmente um estado de falência, resultado dos gastos excessivos com a
Copa do Mundo e as Olimpíadas, corrupção, má gestão de recursos públicos e queda
na arrecadação de royalties de petróleo, principal fonte de receita do Estado.
Essa situação de calamidade financeira afetou profundamente a prestação de
serviços à população, e a segurança pública foi uma das áreas mais afetadas. A
solução do problema vai muito além da intervenção federal na área de segurança.
É necessária a elaboração e execução de planos de médio e longo prazos que
levem em contra investimentos em infraestrutura policial, incluindo a
valorização dos policiais, inteligência e combate ao tráfico internacional de
drogas. Também é imprescindível implementar políticas sociais efetivas nas
áreas mais vulneráveis, levando às comunidades ações de educação, saúde,
cultura, esporte e lazer, além de cursos profissionalizantes, para que o tráfico
não assuma as funções que seriam do poder público. Sem essas mudanças
estruturais e a recuperação financeira do Estado, tudo não passará de uma ação
midiática que dará a falsa impressão de segurança, ou menos insegurança, até
que outra crise estoure.
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