Prefeitura Itabuna

Câmara

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24 de janeiro de 2018

TUDO É TÃO SOMENTE UMA QUESTÃO DE CULTURA E ARTE!

As músicas de sucesso hoje, são abacaxis difíceis de serem
descascados e não passam de estrumes invadindo tímpanos
Como parte destes Brasis, unificados pelo analfabetismo, pela falta de cultura e enraizados na periferia ou nas regiões rurais desprivilegiadas de riqueza, sou um ser sobrevivente. Expatriado e desfigurado da minha ingenuidade, me tornei um espectro do que fui. Não são poucos os iguais a mim que perderam a fé nos homens de bem. Muitos trocam suas crenças pelo dinheiro, rapidinho, da mesma forma, desfigurados de sua ingenuidade. Porém, tolo é quem tenta enganar outro tolo. O Brasil de hoje tem a cara maquilada. Aqui ou acolá existe matuto esperto demais, falando de política com a mesma prática de quem trata uma bicheira no lombo do jumento. Recentemente, sugeri a filha de um amigo insistir com a diretora da escola do menino, para que esse repetisse o ano. Ela respondeu que era proibido pelo Secretaria da Educação. A criança não pode repetir, mesmo não estando ainda alfabetizada, que era o caso. Perguntei a mim mesmo: O que será dessa geração que vive refém dessa lei? Para que o governo precisa desse contingente de analfabetos funcionais? Mas a razão subestima o que existe de melhor em cada um de nós: a nossa confiança. E pior do que perder a crença nos outros é perder em si mesmo. O conhecimento é o que liberta o homem de sua ignorância. O pecado original possui um viés lógico: se não houvesse a desobediência, o homem continuaria a ser apenas um animal sem livre arbítrio. E, finalmente, quantas orquestras e quantos músicos existem hoje nos mesmos Brasis que ignoravam, como eu, a filarmônica euterpe, da Sociedade Montepio dos Artistas de Itabuna? A Lei Rouanet, que surgiu no Brasil para fomentar as artes, terminou por prevaricar também, em favor de alguns ídolos populares, até se tornar vilã nas redes sociais. Dessa forma, a cultura em 2018 recolhe os cacos e recomeça de pires na mão. Quem não conhece a genuína música popular brasileira de Caetano, Zé Ramalho, Bethania e Djavan, aprende fácil fácil Corpo Sensual, de Pablo Vittar, e outras cositas do gênero. É disso que o povo precisa, sobretudo num ano eleitoral. Aguardem os Showmícios!

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