Os políticos que estão enganando o povo hoje, são os mesmos que sempre apunhalaram o povo pelas costas! |
Entre os cargos que serão preenchidos de
acordo com a vontade da maioria do eleitorado, em outubro deste ano, estarão o
de presidente da República e o de governador do Estado, as disputas
majoritárias que despertam maior interesse. A partir de agosto, as campanhas
políticas se intensificarão. Quando esta fase chegar, comece a examinar as
propostas e promessas dos candidatos. Aqui vale uma dica. Se algum deles
utilizar imagens de pessoas felizes em unidades de saúde pública de excelência,
desconfie. E se, além disso, prometerem zerar a fila de cirurgias, manter
médicos em todos os plantões e oferecer leitos a todos os pacientes em
hospitais, bem como disponibilizar medicamentos de alto custo sem qualquer
demora, então desista. Certamente este candidato não merece o seu voto. O cenário
da saúde pública em todo o país, seja nas esferas federal, estadual e
municipal, é tão caótico, que fazer promessas ousadas cheira à demagogia pura.
Ainda que as despesas da saúde estejam previstas obrigatoriamente nos
orçamentos de toda gestão, é praticamente impossível encontrar algum município
brasileiro que não sofra com problemas de estrutura nesta área. Se algum
postulante a cargo público assumisse o compromisso de administrar bem o
dinheiro destinado a postos de saúde e hospitais e, ao ser eleito, de fato
cumprisse a missão, já entraria para a história. A crise financeira no país,
obviamente, é a responsável por toda a penúria testemunhada por quem precisa
dos serviços públicos quando adoece ou sofre um acidente. Mas a raiz de toda
essa vergonha nacional é antiga, remonta a décadas de gestões desastradas e
corruptas. Nunca houve por parte dos políticos da banda podre nacional qualquer
pudor em desviar milhões que seriam usados para construir hospitais, contratar
médicos ou comprar equipamentos. Muitos deles, depois de se locupletarem com o
dinheiro público, ainda posavam como benfeitores do povo ao entregar meia dúzia
de ambulâncias por aí. É justamente este tipo de populismo demagógico barato
que deve ser extirpado da política. Redobre, portanto, a atenção com candidatos
que montam projetos exagerados e incríveis, tendo como pano de fundo áreas como
a saúde e a educação. Todo mundo sabe que não há fórmula milagrosa para colocar
um fim, como passe de mágica, em problemas que só foram piorando com o tempo.
Que em 2018 os bons exemplos pontuais relativos à saúde pública possam
sobressair, contagiar mais e mais gestores a fazerem o mesmo, formando uma
corrente capaz de mudar o que parece impossível. E que nossos futuros
governantes tenham um pouco mais de lucidez e sinceridade ao buscar convencer
os eleitores.
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