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10 de janeiro de 2018

NÃO DÁ PRA CONTINUAR SE ENGANANDO

Os políticos que estão enganando o povo hoje, são os
mesmos que sempre apunhalaram o povo pelas costas!
Entre os cargos que serão preenchidos de acordo com a vontade da maioria do eleitorado, em outubro deste ano, estarão o de presidente da República e o de governador do Estado, as disputas majoritárias que despertam maior interesse. A partir de agosto, as campanhas políticas se intensificarão. Quando esta fase chegar, comece a examinar as propostas e promessas dos candidatos. Aqui vale uma dica. Se algum deles utilizar imagens de pessoas felizes em unidades de saúde pública de excelência, desconfie. E se, além disso, prometerem zerar a fila de cirurgias, manter médicos em todos os plantões e oferecer leitos a todos os pacientes em hospitais, bem como disponibilizar medicamentos de alto custo sem qualquer demora, então desista. Certamente este candidato não merece o seu voto. O cenário da saúde pública em todo o país, seja nas esferas federal, estadual e municipal, é tão caótico, que fazer promessas ousadas cheira à demagogia pura. Ainda que as despesas da saúde estejam previstas obrigatoriamente nos orçamentos de toda gestão, é praticamente impossível encontrar algum município brasileiro que não sofra com problemas de estrutura nesta área. Se algum postulante a cargo público assumisse o compromisso de administrar bem o dinheiro destinado a postos de saúde e hospitais e, ao ser eleito, de fato cumprisse a missão, já entraria para a história. A crise financeira no país, obviamente, é a responsável por toda a penúria testemunhada por quem precisa dos serviços públicos quando adoece ou sofre um acidente. Mas a raiz de toda essa vergonha nacional é antiga, remonta a décadas de gestões desastradas e corruptas. Nunca houve por parte dos políticos da banda podre nacional qualquer pudor em desviar milhões que seriam usados para construir hospitais, contratar médicos ou comprar equipamentos. Muitos deles, depois de se locupletarem com o dinheiro público, ainda posavam como benfeitores do povo ao entregar meia dúzia de ambulâncias por aí. É justamente este tipo de populismo demagógico barato que deve ser extirpado da política. Redobre, portanto, a atenção com candidatos que montam projetos exagerados e incríveis, tendo como pano de fundo áreas como a saúde e a educação. Todo mundo sabe que não há fórmula milagrosa para colocar um fim, como passe de mágica, em problemas que só foram piorando com o tempo. Que em 2018 os bons exemplos pontuais relativos à saúde pública possam sobressair, contagiar mais e mais gestores a fazerem o mesmo, formando uma corrente capaz de mudar o que parece impossível. E que nossos futuros governantes tenham um pouco mais de lucidez e sinceridade ao buscar convencer os eleitores.

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