Itabuna possui três categorias
de pessoas: as que se beneficiam dos serviços essenciais prestados pelo Estado,
ainda que com deficiências; aquelas que são assistidas com apenas parte desses
serviços e, finalmente, aquele contingente de pessoas, especialmente que vivem
nos bairros de periferia, que não são atingidas por esses serviços. Excluídas
totalmente. O Estado, em seus três níveis de governo, não entra com os
serviços essências nas comunidades que vivem em periferia. Água encanada,
esgoto, energia, saúde, educação e segurança pública lá não existem. Quando
presentes, com deficiência total. É da essência da democracia, isto é, do
governo do povo, pelo povo, para o povo que o que justifica a existência do
Estado é o próprio homem e suas necessidades básicas enquanto ser humano. Não
fosse esse o propósito final, a existência do Estado perderia a razão de ser. Ora,
na medida em que o Estado não cumpre o seu papel, acaba deixando um vácuo que
naturalmente finda por ser preenchido por alguém, isto é, pelo chamado “poder
paralelo”, seja na modalidade de grupos de “justiceiros”, seja pelas facções
criminosas. Os fatos têm demonstrado que a periferia de Itabuna está dominada
pelo tráfico de drogas, através de organizações criminosas fortemente armadas e
que já mataram neste ano, mais de cem pessoas na cidade. A presença ostensiva das
polícias Militar, Civil e Federal nos bairros da periferia, sobretudo em comunidades
já consideradas como pertencentes ao domínio dos Raios A, B e DMP, a nosso ver,
é importante e necessária, mas não como solução definitiva. O problema, como se
diz popularmente, está mais embaixo. Na nossa concepção, o Estado precisa
atuar em duas linhas de frente concomitante. De um lado implantando e
implementado os serviços essências e, de outro, combatendo com firmeza as
organizações criminosas, com o apoio da Justiça.
ITABUNA É UMA CIDADE TRANSITO LIVRE PRA BANDIDOS |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.