Imprensa
Marrom propaga mentiras e dissemina o ódio!
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É a comunicação o fator de maior poder numa eleição.
Mas nem tudo que se ver, ouve e ler, é realidade e o resultado dos fatos
narrados com pertinência e imparcialidade. Para reduzir os impactos das
notícias falsas e de qualquer outra forma de manipulação digital nas eleições
de 2018, uma solução é certeira: que haja cada vez mais jornalismo, livre e
profissional. E caberá ao eleitor o papel importante de valorizar o trabalho
sério da imprensa. Por mais que as perspectivas assustem, é a única chance de
uma virada. A próxima campanha presidencial vai exigir também um
comprometimento inédito das autoridades e instituições eleitorais, num cenário
tão complexo quanto imprevisível. A tendência à pulverização e à despolitização
de candidatos deve ser uma peculiaridade do próximo encontro do brasileiro com
as urnas. Mas o que tem especialmente tirado o sono são os riscos que habitam
as redes sociais. Tanto que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uniu forças com
o Exército e com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para conceber
formas de combate às fake news no ano que vem. Motivos para a mobilização são
muitos, basta ver a influência negativa das redes já constatada nas últimas
eleições norte-americanas e francesas. Uma estratégia preventiva e desafiadora,
que deverá se esforçar para não se transformar em censura. Será preciso,
sempre, discernir opinião de fato. É nesse ponto principalmente que o
jornalismo entra como um diferencial. Só ele tem comprometimento com a apuração
e, cada vez mais, com a checagem de informações que circulam livres na
internet. Não se trata de contê-las indeliberadamente, mas de confrontá-las,
colocá-las em xeque e divulgar o que é falso e o que é verdadeiro. Mais do que
nunca será necessário contar com o engajamento do eleitor, que deverá estar
cada vez mais consciente das suas responsabilidades ao compartilhar uma
postagem. A eleição de 2018 vai requerer muita atenção de todos os brasileiros,
em todos os aspectos. É uma nova realidade, que exigirá novas formas de
precaução e combate. Ao jornalismo, caberá manter o compromisso com os fatos
para fazer a diferença.
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