"São Judas" era a única alternativa para cuidar dos loucos |
Era uma vez um hospital de loucos. De fora,
parecia uma prisão. Por dentro, também. Cercado por muros e vigias, chegou a
ter centenas pacientes. Mas Itabuna não possui o Hospital Psiquiátrico São
Judas, cuja função não era tratá-los, mas livrar as famílias do fardo e a
comunidade de eventuais distúrbios. Se não dava para “exorcizar” os
loucos, ao menos era possível livrar a cidade deles. A lei da Reforma
Psiquiátrica que entrou em vigor, em 2001, fechou hospitais psiquiátricos e os substituiu
por Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que funcionam como pontos de
acolhimento aos pacientes. Mas os Caps de Itabuna não estão conseguindo evitar
que a cidade esteja infestada de loucos. Há um a quem se atribui está acometido
de possessões demoníacas, fúria dos deuses, ou bruxarias, pois vaga pela
cidade, atacando pessoas e danificando veículos e fachadas de lojas, com barras
de ferro e paus. Louco assim justificam a reabertura urgente do Hospital
Psiquiátrico São Judas. Para quem é contra, sugiro que reflita sobre o que deve
ser de pandemônio, conviver com alguém sofrendo de possessões demoníacas, fúria
dos deuses, ou bruxarias.
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