"Não roubarás" é um mandamento que nem todos pastores cumpre! |
A Polícia Civil em
Cubatão desmantelou uma quadrilha acusada de oito roubos, sendo seis deles
contra templos evangélicos. Um dos integrantes do bando é pastor e se valeu
dessa condição para passar aos comparsas informações privilegiadas sobre as
igrejas assaltadas. O religioso acusado trata-se de Givanildo Borges.
Integrante da Igreja Mundial do Poder de Deus, ele era pastor do templo
localizado na Vila dos Pescadores, em Cubatão, onde nunca mais apareceu após
ser descoberto pela equipe do investigador Norberto da Silva Pereira. “No
templo onde atuava o pastor, há um aposento que ele ocupava. Realizamos
diligência nesse quarto e, na presença de outros membros da igreja, apreendemos
cinco notebooks roubados”, informou o delegado Antônio Sérgio Messias, titular
de Cubatão. Os notebooks foram recuperados no dia 6 de junho. No dia 1º do
mesmo mês, eles foram roubados de um comércio de venda e assistência técnica de
aparelhos eletroeletrônicos situado na Rua Dr. Carvalho de Mendonça, na Vila
Belmiro, em Santos. De algum modo, o pastor Givanildo soube da ida dos
policiais à igreja e do encontro dos notebooks. Ele não voltou ao templo e
Messias requereu a sua prisão temporária à Justiça, tendo o seu o pedido
deferido. Desde então, o religioso é considerado foragido. Os comparsas do
pastor Givanildo também tiveram a prisão temporária decretada. Eles são Felipe
Marcolino dos Santos, o Vovô; Roberth Lincoln Barroso Oliveira, o Chuchu, e
Guilherme Augusto da Silva Júnior, o Didi. FALSA BÊNÇÃO SERVIA PARA VER LOCAIS
- Um pedido de bênção era solicitado pelo pastor Givanildo antes de cada
assalto cometido nas igrejas. A solicitação, entanto, era apenas um pretexto
para que ele pudesse observar o local e repassar informações seguras aos parceiros.
Concluída a bênção, Givanildo se despedia e revelava aos companheiros onde
estava o dinheiro do dízimo e os objetos de valor que poderiam ser roubados. Em
seguida, os comparsas do pastor executavam a parte operacional do assalto. Além
do dinheiro das ofertas dos fiéis, Didi, Vovô e Chuchu se apoderavam de
celulares e demais pertences dos religiosos, bem como da aparelhagem de som e
dos instrumentos musicais dos templos. Givanildo os aguardava com o carro
ligado para lhes dar fuga. Dos seis templos assaltados, um deles é da Igreja
Mundial do Poder de Deus, da qual o pastor Givanildo fazia parte. Os outros
cinco são da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
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