Com os poderes que tem, o país continua sem ordem e progresso |
A Teoria da Separação dos Poderes, faz Executivo,
Legislativo e Judiciário serem independentes, mas com a premissa de deverem
trabalhar em harmonia para que a democracia funcione plenamente. Contudo, o que
temos visto, em decorrência da crise, é a fragmentação do chamado espírito
público, com representantes dos poderes atropelando funções e usurpando
atribuições, levando a Nação a um caos político que confunde a sociedade e
estarrece o mundo. Ao Executivo deveria caber a condução do País respeitando o
espírito da Lei, mas a reforma trabalhista e a reforma da previdência, em
tramitação no Congresso, parecem contradizer o princípio democrático: foram
definidas por um punhado de tecnocratas e impostas ao Congresso sem consulta,
sem discussão. Ao Judiciário deveria caber a aplicação da Lei, mas um projeto
arquitetado pelo Ministério Público, o chamado pacote anticorrupção, foi também
imposto ao Legislativo, que ao alterá-lo, para incluir a punição por abuso de autoridade,
provocou um terremoto político. Ao Legislativo deveria caber a elaboração de
leis em benefício da população, mas alguns parlamentares resolveram legislar em
causa própria e participar das artimanhas do Executivo. Tudo isso resulta numa
troca de acusações que conduzem a retaliações, gerando descrédito. O fato é que
a sociedade critica os três poderes, e se pergunta o que poderia ser feito para
restaurar a confiança. Temos, então, que estabelecer uma nova ordem
institucional e isso só pode ser feito com a convocação de uma Assembleia
Constituinte. Temos que reescrever o País. No fim das contas, a política, tão
duramente fustigada atualmente, será o caminho para sairmos do impasse
institucional que presenciamos. É dessa forma que a democracia voltará a ganhar
força, contemplando sonhos e consolidando a vida em comum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.