Dilma, Temer e Lula: o trio da desgraça do Brasil |
O que restará ao fim e ao cabo
do linchamento moral e político a que estão submetidos os nossos poderes -
executivo e legislativo - justamente os dois poderes que emanam do povo, já que
o terceiro e último, o poder judiciário, emana da toga? Particularmente, não
sei. A este respeito só sei que os mesmos jamais estiveram tão apequenados e
desmoralizados. Em razão do apequenamento e da
desmoralização dos referidos poderes, os vazios que foram sendo deixados
passaram a ser ocupados e exercidos pelo poder judiciário, e o resultado não
poderia ser outro, a não ser, a ascendência deste sobre àqueles. Afinas de
contas, o poder não deixa espaços vazios. Pior ainda: o nosso Congresso
Nacional só consegue esboçar algum poder quando confrontado com o próprio poder
executivo e, reciprocamente. Vide o que está acontecendo com as propostas
reformistas do presidente Michel Temer. Ainda que necessárias e
indispensáveis, como são as nossas reformas constitucionais, vide o que está
acontecendo com a reforma da nossa previdência social. Embora já tendo espedaçado
a nossa máquina pública federal em mais pedaços que ao tempo do governo da
então presidente Dilma Rousseff, ainda assim, o presidente Michel Temer não
consegue aprová-la, embora se comparada com a proposta original, a mesma já
tenha sido bastante desfigurada. Relembrando a lei de Morphy, aquela segundo a
qual, “o que está ruim ainda pode piorar”, com seus principais assessores, ou
seja, com oito dos seus ministros, sub judice, ou mais precisamente, acusados
pela Operação Lava-Jato, jamais o presidente Michel Temer conseguirá apoio
político para aprovar a reforma da nossa previdência social que precisa ser
feita. Na melhor das hipóteses, fará uma reforminha do tipo meia-sola. Para piorar,
a nossa grande imprensa não tem lhes dado refresco. Se não, vejamos: na sua
mais recente edição, o editorial da revista Isto É chegou a comparar os nossos
deputados, senadores, ministros e governantes a uma mistura fecal, da qual é
exalado um odor putrefato. Na mesma revista, o colunista Ricardo Boechat, à seu
jeito e modo, elaborou uma contabilidade, bastante criativa, mostrando em
percentuais, que a escória da nossa sociedade não será encontrada nas nossas
penitenciárias, e sim, encasteladas nos nossos poderes. Não menos escrachante
têm sido as matérias divulgadas pela TV-Globo, esta sim, com poderes, o
bastante, para envenenar a nossa opinião pública, esta por sua vez, contrária a
toda e qualquer reforma constitucional.Por fim: se FHC e Lula, enquanto
estiveram na Presidência da República e saboreavam índices de aceitação popular
elevadíssimos, e não tinha uma Lava-Jato azucrinando-os, não conseguiram fazer
a reforma que precisa ser feita na nossa previdência social, não creio que o
presidente Michel Temer reúna condição para fazê-la.
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