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6 de maio de 2017

OS TOGADOS COMPARSAS DE CRIMINOSOS DEGENERAM A JUSTIÇA E NOS ENVERGONHAM


Ex-Ministra do STJ, Eliana Calmon denunciou bandidos de toga
Quando o ministro Gilmar Mendes deu o voto decisivo para libertar o mega-criminoso Zé Dirceu e acusou o MPF de imaturo, pretensioso e “estar praticando uma brincadeira juvenil!”, imediatamente pensei em Rui Barbosa: “A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta” e Stanislaw Ponte Preta: “Ou restaure-se a moralidade, ou nos locupletemos todos!”. O problema em Stanislaw é que existe uma parcela muito significativa de brasileiros que não está querendo se locupletar, mas quer trabalhar e criar os filhos honestamente. Essa parcela significativa dos brasileiros derrubou os percentuais de intenção de voto dos tucanos e outros candidatos para a presidência em 2018, quando denunciados como envolvidos na Lava Jato. Ao contrário dos eleitores de Lula, que por mais que se demonstre o quanto ele é corrupto e inescrupuloso, votam nele, por fanática devoção ou igualmente, mínima ausência de escrúpulos. Essa parcela significativa de brasileiros trabalhadora e honesta foi às ruas na dura peregrinação para exalar do poder os que saquearam o País, tentaram desmoralizar as instituições: massa de adeptos do atraso do terceiro mundismo, das greves que beneficiam os já privilegiados e conivente com a corrupção que devasta o Brasil. Essa parcela de brasileiros honestos está desgastada, irritada. Muitos estão desempregados, humilhados, passando necessidades decorrentes da destruição da economia nacional pelo grupo que embora tenha sido (aparentemente) alijado do poder, não está inerte e sem influência, como se viu agora na Segunda Turma do STF. A libertação do megacriminoso Zé Dirceu e a tendência do STF para libertar outros peçonhentos criminosos da Lava Jato, demonstra categoricamente isso. Essa sinalização do Supremo – associada à lerdeza da Segunda Instância – para os criminosos detidos pela Lava Jato de que em breve estarão tomando seu uísque à beira de suas piscinas – enquanto a população honesta sobrevive torturantemente –, além de vergonhosa, é um estímulo à criminalidade, um golpe na cidadania brasileira e uma rasteira na Lava Jato. Os doutores Gilmar Mendes, Toffoli e Lewandowski são a cara do Brasil velho e corrupto. E essa parcela honesta e significativa da população, juntamente com a Lava Jato, são o juvenil, o novo e o esperançoso no Brasil. Causar-lhes desencanto e desilusão com a democracia e suas instituições, derrotá-los se possível, é uma aposta dos corruptos. Além, de, obviamente, salvar a própria pele. Mas esses brasileiros como a Lava Jato não estão brincando, excelência! Pode apostar nisso.

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