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30 de abril de 2017

TEMER SANGRA AO DISSABOR DO POVO

Lula e Dilma deixaram o Titanic na Arca de Noé de Temer
O governo Temer está tendo momentos decisivos no Congresso, que vota as reformas trabalhistas e previdenciária – esta última tida pela equipe econômica como crucial para o reequilíbrio das contas públicas. Além disso, os deputados devem concluir a votação dos destaques apresentados ao projeto que trata da recuperação fiscal dos estados superendividados, retomar a discussão da reforma política na comissão especial e também eleger os dirigentes da Comissão Mista de Orçamento para iniciar a apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem. Não será uma tarefa fácil para o Planalto. Apesar de ter cedido em diversos pontos do projeto de reforma previdenciária, o governo encontra muita resistência, inclusive em sua base aliada. Levantamento feito na semana passada pela imprensa mostrava que apenas um pequeno grupo de parlamentares estava disposto a aprovar o texto da forma como está. São necessários 308 votos a favor para aprovação do projeto na Câmara. Talvez a rebeldia dos aliados tenha a ver com a reação da opinião pública, que vê a proposta como algo prejudicial à classe trabalhadora, sobretudo em relação às mulheres e aos trabalhadores rurais. Também o projeto de reforma trabalhista é visto com desconfiança por sindicatos e centrais sindicais, que temem a precarização do trabalho, apesar de o governo garantir que se trata de atualizar a legislação para torná-la mais compatível com a realidade atual e favorecer a criação de empregos. O fato é que o governo não conseguiu “vender” bem suas propostas e também vê sua credibilidade minada cada vez mais com os desdobramentos da Operação Lava Jato. 

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