Lula e Dilma deixaram o Titanic na Arca de Noé de Temer |
O
governo Temer está tendo momentos decisivos no Congresso, que vota as reformas
trabalhistas e previdenciária – esta última tida pela equipe econômica como
crucial para o reequilíbrio das contas públicas. Além disso, os deputados devem
concluir a votação dos destaques apresentados ao projeto que trata da
recuperação fiscal dos estados superendividados, retomar a discussão da reforma
política na comissão especial e também eleger os dirigentes da Comissão Mista
de Orçamento para iniciar a apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
para o ano que vem. Não será uma tarefa fácil para o Planalto. Apesar de ter cedido
em diversos pontos do projeto de reforma previdenciária, o governo encontra
muita resistência, inclusive em sua base aliada. Levantamento feito na semana
passada pela imprensa mostrava que apenas um pequeno grupo de parlamentares
estava disposto a aprovar o texto da forma como está. São necessários 308 votos
a favor para aprovação do projeto na Câmara. Talvez a rebeldia dos aliados
tenha a ver com a reação da opinião pública, que vê a proposta como algo
prejudicial à classe trabalhadora, sobretudo em relação às mulheres e aos
trabalhadores rurais. Também o projeto de reforma trabalhista é visto com
desconfiança por sindicatos e centrais sindicais, que temem a precarização do
trabalho, apesar de o governo garantir que se trata de atualizar a legislação
para torná-la mais compatível com a realidade atual e favorecer a criação de
empregos. O fato é que o governo não conseguiu “vender” bem suas propostas
e também vê sua credibilidade minada cada vez mais com os desdobramentos da
Operação Lava Jato.
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