O cerco está se fechando para o maior gangster do Brasil |
O antecessor de Marcelo Odebrecht
no comando do grupo, Pedro Augusto Ribeiro Novis, ex-diretor-presidente da
holding, confirmou em sua delação premiada com a Operação Lava Jato, que
acertou com o ex-ministro Antonio Palocci dinheiro de caixa 2 para as campanhas
presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva de 2002 e de 2006, quando foi
reeleito. O dinheiro foi pagou em dinheiro vivo no Brasil e também por “meio de
depósitos no exterior”. “Em ambas as campanhas, na condição de
diretor-presidente da Odebrecht S.A. e por pedido do ex-presidente Lula a doutor
Emílio Odebrecht, tratei das contribuições com Antonio Palocci, que, por sua
vez, havia sido indicado para tratar do assunto pelo então candidato Luiz
Inácio Lula da Silva. O delator afirmou que se encontrou na Odebrecht e nos
hotéis Golden Tulip, da Alameda Santos, e no Sofitel, da Sena Madureira, ambos
em São Paulo. Palocci é réu em duas ações penais abertas pelo juiz federal
Sérgio Moro. Nesta quinta-feira, 20, interrogado pela primeira vez nos
processos da Lava Jato, em Curitiba, ele negou ter acertado pagamentos no
exterior para as campanhas presidenciais do PT, mas admitiu que a prática de
caixa 2 existe em todas as campanhas. “Havia uma contrapartida nessa doação?”,
quis saber o procurador da República. “Havia doutor, não um condicionamento, não
lhe pagarei se você não assumir, mas havia um compromisso de apoio efetivo,
coisa que eu sei também que foi tratada pelo doutor Emílio com o candidato
Lula.” O delator disse que os pagamentos, sejam oficiais ou não, eram
feitos não por uma questão ideológica, mas sim na expectativa de se obter
benefícios do governo. (Estadão)
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