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23 de abril de 2017

ANTECESSOR DE MARCELO ODEBRECHT CONFIRMA CAIXA 2 A LULA EM 2002 E 2006


O cerco está se fechando para o maior gangster do Brasil
O antecessor de Marcelo Odebrecht no comando do grupo, Pedro Augusto Ribeiro Novis, ex-diretor-presidente da holding, confirmou em sua delação premiada com a Operação Lava Jato, que acertou com o ex-ministro Antonio Palocci dinheiro de caixa 2 para as campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva de 2002 e de 2006, quando foi reeleito. O dinheiro foi pagou em dinheiro vivo no Brasil e também por “meio de depósitos no exterior”. “Em ambas as campanhas, na condição de diretor-presidente da Odebrecht S.A. e por pedido do ex-presidente Lula a doutor Emílio Odebrecht, tratei das contribuições com Antonio Palocci, que, por sua vez, havia sido indicado para tratar do assunto pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. O delator afirmou que se encontrou na Odebrecht e nos hotéis Golden Tulip, da Alameda Santos, e no Sofitel, da Sena Madureira, ambos em São Paulo. Palocci é réu em duas ações penais abertas pelo juiz federal Sérgio Moro. Nesta quinta-feira, 20, interrogado pela primeira vez nos processos da Lava Jato, em Curitiba, ele negou ter acertado pagamentos no exterior para as campanhas presidenciais do PT, mas admitiu que a prática de caixa 2 existe em todas as campanhas. “Havia uma contrapartida nessa doação?”, quis saber o procurador da República. “Havia doutor, não um condicionamento, não lhe pagarei se você não assumir, mas havia um compromisso de apoio efetivo, coisa que eu sei também que foi tratada pelo doutor Emílio com o candidato Lula.”  O delator disse que os pagamentos, sejam oficiais ou não, eram feitos não por uma questão ideológica, mas sim na expectativa de se obter benefícios do governo. (Estadão)

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