Aposentadoria de marajá beneficia quem ainda "está na ativa" |
Endividados e em crise financeira, os governos
estaduais gastam pelo menos R$ 35,8 milhões por ano com o pagamento de pensões
a ex-governadores e dependentes deles. Os pagamentos são legais, mas tramitam
na Justiça várias ações que questionam essas pensões – no último dia 15, a
Justiça da Bahia suspendeu por liminar (decisão provisória) o pagamento de
pensão vitalícia a ex-governadores. Levantamento encontrou 16 estados que pagam
esses benefícios. O gasto mensal é de R$ 2,98 milhões. Algumas dessas pensões
são pagas inclusive a quem ocupou o cargo por poucos meses ou poucos dias. Para
chegar a esse resultado, foi pedido a todos os governos de estados e do
Distrito Federal a relação de ex-governadores e dependentes que recebem pensão
e dos valores pagos a eles. Somente o governo da Bahia não respondeu. Entretanto, no último dia 15, uma liminar
(decisão provisória) da Justiça suspendeu o pagamento de pensões a
ex-governadores do estado. Ao todo, 76 ex-governadores recebem pensão dos
estados citados. Desses, 18 acumulam o benefício com aposentadoria de deputado
ou senador e chegam a ganhar mais de R$ 50 mil por mês. Há ainda outros 55
dependentes de políticos, a maioria viúvas, que recebem pensão dos estados.
Dezoito desses dependentes também acumulam pensões do Congresso. Levantamento
encontrou ainda 12 políticos que exercem atualmente mandato de senador ou
deputado federal e que acumulam salário de congressista e pensão como
ex-governador. A lista de quem recebe pensão como ex-governador inclui também
políticos investigados e até condenados. É o caso do ex-governador e ex-senador
mineiro Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e 10 meses de prisão em 2015 pelo
chamado mensalão tucano. (G1).
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