O memorista José Nazal aponta deslize do BB
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O correntista que se dirige à agência do Banco
do Brasil na Marquês de Paranaguá, em Ilhéus, depara-se, em alguns momentos,
com moradores de rua dormindo na área de autoatendimento, no térreo. O desleixo
que caracteriza a agência também é notado pelo esquecimento de um fato
histórico. Na última quarta (1º), a agência completou 100 anos. A data passou
em branco. Quem faz a recuperação histórica é o memorialista e fotógrafo José
Nazal. A agência foi inaugurada em 1º de março de 1917, a 19ª instalada no
País. Antiga capitania hereditária e uma potência econômica nacional à época,
observa Nazal, o município ganhou agência antes mesmo que algumas capitais
brasileiras. “Conta a lenda que o maior depositante em dinheiro foi Coronel
Misael Tavares, que fez um depósito de 2.300 contos de réis, uma fortuna para a
época”, diz Nazal, que também é vice-prefeito e secretário de Planejamento de
Ilhéus. Ainda de acordo com o
levantamento feito por Nazal, “o segundo maior depositante foi o Coronel José
Gomes do Amaral Pacheco, que depositou 70 contos de réis”. Para Nazal, o
centenário da agência ilheense não ser lembrado pela própria instituição
constitui-se “total desrespeito a nossa história, sequer fez uma singela
comemoração”. O vice-prefeito, secretário e memorialista espera que o banco
repare o erro histórico e, embora com atraso, faça a homenagem. A agência foi
inaugurada no prédio onde hoje funciona a sede do Sindicato Rural de Ilhéus, a
poucos metros da agência atual, no centro histórico.
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