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24 de fevereiro de 2017

NADA DE SE ACOBERTAR A PEDOFILIA

Robenilson diz que o lar nem sempre protege a criança
Esta semana, uma adolescente de 14 anos acusou o pai, de 34 anos, de ter abusado sexualmente por ele. É uma notícia chocante, mas apenas um exemplo dos milhares de casos registrados em todo País acerca do abuso sexual de crianças e adolescentes. Somente no primeiro mês de 2017, o Disque 100, serviço do governo federal para receber denúncias de violações de direitos humanos, registrou mais de 500 denúncias desse tipo de crime. Em Itabuna, os números são estarrecedores! O Conselho Tutelar registrou, em 2016, um total de 706 casos de violência contra a criança (lesão corporal grave, agressão física e estupro). Estatística que, em janeiro de 2017, já somava mais de 70 denúncias. Tão grave quanto o número de casos, é a identificação do agressor. “Apenas 4% desses casos de violência foram praticados por pessoas que eram desconhecidas das vítimas. Infelizmente, é nos núcleos familiares, onde crianças e adolescentes deveriam ser protegidos, onde os abusos mais cruéis costumam acontecer” – revela o dirigente do Conselho Tutelar de Itabuna, Robenilson Sena. Os estudos sobre o tema mostram que não há uma causa especifica para essa prática criminosa. Embora seja comum se ouvir que há uma relação entre violência sexual e pobreza, há registros em todas as classes sociais. Muitas vezes o abuso está sustentado numa relação de poder do agressor sobre a vítima. Esse poder pode ser econômico, de força física, de classe social, ou mesmo de gênero. Como mostram as estatísticas, o agressor sexual pode ser qualquer pessoa que se aproxima da criança, podendo, inclusive, ter a confiança dos adultos responsáveis por ela. Em geral os abusadores podem ser pais, padrastos, tios, avós, irmãos mais velhos – seguidas por pessoas conhecidas da família. Os especialistas admitem que esse é um problema difícil, não só por assustar e chocar, mas por ser, a questão sexual, um tabu, encoberto pelo manto do silêncio. Entretanto, alertam que, para enfrentá-la, é preciso romper esse acobertamento. Seja quem for o agressor, o abuso sexual é um assunto de interesse público. Afinal, proteger a criança e o adolescente de toda forma de violência é uma responsabilidade do Estado, da família e da sociedade!

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