As condições estruturais das escolas, são tão sucateadas quanto a Educação em si |
Há de se reconhecer,
que, apesar de todo investimento, ainda não há mudanças significativas na
qualidade da educação básica. Os números do Censo Escolar 2016, revelam que o
País ainda está distante da universalização do acesso a todos os níveis do
ensino público e gratuito, preconizado pela Constituição Federal. Ainda são
muitos os desafios. Os números do Censo Escolar 2016 mostraram que a realidade
do anos anteriores permanece inalterada. Ainda distantes das metas do Plano
Nacional de Educação (PNE), que definiu as diretrizes para a política
educacional dos próximos dez anos. O Censo 2016 revela que segue pequena a
participação do ensino médio integral na educação básica, o primeiro nível do
ensino escolar no Brasil. Esta compreende a educação infantil (para crianças
com até cinco anos), o ensino fundamental (para alunos de seis a 14 anos) e o
ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos). O Plano Nacional de Educação propõe
que 95% dos alunos concluam o ensino fundamental na idade adequada. Ao
contrário dessa meta, as taxas de distorção idade-série são expressivas. O
Censo Escolar 2016 diz que a “elevação considerável da distorção idade série no
5º ano mostra que a trajetória dos alunos, já nos anos iniciais, é irregular”,
e que “a taxa de insucesso na 1ª série do Ensino Médio é a maior de todas na
educação básica”. Outro desafio proposto pelo PNE é que a educação em tempo
integral deve atingir ao menos 50% dos alunos de toda a educação básica. O
Censo 2016 mostra que o percentual de alunos do ensino médio em tempo integral
passou de 5,9% em 2015 para 6,4% em 2016. No ensino fundamental o quadro é
ainda mais grave. As matrículas em escolas de tempo integral caíram 46% em 2016
e o percentual de alunos nessa modalidade passou de 16,7% em 2015 para 9,1% em
2016. São alguns dos itens da pesquisa Censo Escolar 2016, sobre os quais
gestores e estudiosos da Educação devem se deter, já que refletem uma realidade
negativa. A conclusão inicial é que a caminhada na direção das meta traçadas
pelo PNE ainda nem começou!
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