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1 de novembro de 2016

OU A GENTE ACABA COM POLÍTICOS SUJOS, OU ELES ACABAM NOS ENLAMEANDO

As eleições de 2016 não foram favoráveis aos deuses do engodo
Não há diferenciação entre as promessas que os políticos fazem em época de campanha eleitoral. O seu conteúdo, como se fosse obrigatório, segue os mesmos passos e se fundamenta em temas idênticos. Antes, proporcionavam lastros de esperança, uma convicção quase verídica de que o futuro nos cercaria dos melhores confortos possíveis. Valia a pena avistá-los nos palanques, ouvir os seus discursos eloquentes, acompanhá-los nas suas travessias, mesmo sem serem gravados os seus pronunciamentos ou impressos pelos recursos que a tecnologia oferece nos dias atuais. As palavras dos políticos eram verídicas, emocionantes e não deixavam rastros ou dúvidas. Os infiéis eram varridos do círculo a que pertenciam e apontados como nocivos à sociedade. Nunca mais seriam os mesmos se não cumprissem as promessas ou usassem de falcatruas. A honestidade contagiava os eleitores, a sinceridade dos seus pronunciamentos descartava a mentira que se ausentava dos seus compromissos de pessoas íntegras. Hoje, as promessas dos candidatos causam ira, desconforto e indignação ao observarmos que nada realizarão, tudo prosseguirá como antes, e a culpa é da verba que não veio ou dos adversários, que só sabem atrapalhar. Assim, o tempo se esvai e não foi suficiente. Iniciam simples repositores de mercadoria em supermercado e terminam cercados de bens incontáveis, desde mansões á beira da praia, apartamentos requintados, fazendas onde o pasto é mais do que suficiente para o gado, riqueza incalculável! A aparência transforma-se, tudo em si passa a condensar-se numa sofisticação ilimitada. Era uma vez um homem humilde, abraçando o próximo e lutando ao seu favor, sem segundas intenções. O ser humano seria mais feliz e realizado se soubesse exercer as suas atividades mediante a vocação que lhe fosse concedida. Uma série de pré-requisitos é imposta a cada determinação que possamos idealizar na vida. Se seguíssemos os passos que ao homem honesto são concedidos, não haveriam tamanhos desajustes. Tudo para o que nascemos e o nosso coração deseja sem negociarmos interesses fúteis, intenções maldosas, visando angariar vantagens supérfluas, indignas, que deturpam o caráter de pessoas que poderiam ser espelho. Assim, as nossas escolhas vão se tornando cada vez mais difíceis e as interrogativas geram desordem em nossa mente confusa, cheia de dúvidas que se alastram e vão se fixando cada vez mais num local oculto dentro do nosso eu. Nos dias de eleição, o que poderia ser um ato cívico motiva sacrifício, e enquanto nos dirigimos à zona eleitoral, com a mente indecisa, muitas vezes vamos interrogando: qual das teclas daquele aparelho será capaz de macular meus dedos?

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