Prefeitura Itabuna

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8 de novembro de 2016

AS CIDADES NÃO PARAM DE SE DEGRADAREM

Parte da rótula Tancredo Neves foi fechada e não melhorou fluxo
A maioria absoluta da população brasileira está vivendo em cidades. O Brasil está localizado no continente mais urbanizado do mundo, a América Latina, e se configura atualmente como o País mais urbanizado da região. A urbanização é vista muitas vezes como uma oportunidade e uma espécie de motor para o desenvolvimento, mas, por outro lado, traz grandes desafios, como problemas de ordem econômica e ambiental, expansão desordenada, segregação socioeconômica e questões relacionadas a saúde, segurança e efeitos da mudança climática. Nos países desenvolvidos, a urbanização ocorreu gradualmente. Já os países em desenvolvimento, como o Brasil, não têm esse luxo e enfrentam uma migração rápida. Na grande maioria das cidades brasileiras, a ausência de planejamento urbano resultou em uma série de complicações, como a ocupação irregular dos espaços ambientais e frágeis; a ausência de serviços de água e esgoto e do tratamento de resíduos sólidos; e a falta de mobilidade e transportes urbanos. Veja-se, por exemplo, o caso da região cacaueira. Como consequência do crime da vassoura de bruxa, que provocou a falência da maioria das fazendas no sul da Bahia, milhares de famílias se viram obrigadas a tentar a vida em Itabuna, que, num período de 30 anos, viu sua população crescer muito de tamanho. O resultado foi o aumento da favelização, com suas habitações precárias em ruelas e encostas, e da desigualdade social, em que bolsões de miséria contrastam com áreas que possuem indicadores sociais de países desenvolvidos. O grande desafio para o poder público é buscar alternativas para oferecer moradia digna, transporte público, empregos, infraestrutura básica e serviços necessários para apoiar as crescentes populações urbanas. Acertar esse processo de urbanização é essencial para conquistar um crescimento sustentável e exige dos gestores maneiras inovadoras de financiar a infraestrutura.

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