Será como dar um chute nos testículos da Justiça, Mangabeira insistir em querer ser prefeito eleito, sem votos para tanto |
A inesperada segunda posição do médico Antonio Mangabeira (PDT), em Itabuna, é a marca de uma tendência. Não é de hoje que candidatos não identificados como políticos tradicionais se beneficiam em momentos de crise. A suposta pecha de gestor (autoconcedida) atraiu um eleitorado cansado das falácias dos político tradicionais; negociatas e da contumaz má gestão pública. A preferência pela “eficiência empresarial” foi tão grande que permitiu, mesmo em tempos de combate a corrupção, ignorar que o médico e empresário Mangabeira representava o partido, lacaio do PT com seu vasto passivo de desvios milionários. Antonio Mangabeira se tornou notório pelo combate a corrupção nos picadeiros itabunenses, conseguindo consolidar uma imagem de rebelde necessário, alguém que chegaria para combater o “sistema”. Terminou a eleição em segundo lugar. Ele se beneficiou pelo fato de nenhum político itabunense se identificar com posições menos conservadoras, mais libertárias em assuntos como drogas e homossexualidade, com ingredientes de ética, seriedade, honestidade e responsabilidade. Toda uma nova geração anseia por representatividade. É como se esse seguimento usasse o voto para expressar sua convicção de que Itabuna precisa urgentemente do surgimento da corrente política biliberal, que resulte na invenção do termo, com ideias liberais tanto em costumes como em gestão pública. Enquanto esse vácuo não for preenchido, sobraram votos para escolher o agente partidário, que não gosta de partido e se diz ter ojeriza de política; e avança sobre uma oposição presa aos erros de relações com o eleitorado. É esse cenário infértil a causa da escalada de abstenções e que pode elevar alguém como Antonio Mangabeira ao posto mais poderoso de Itabuna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.