Delson Mesquita lamenta perdas com leis eleitorais |
Em eleições passadas, a essa altura as gráficas, agências de publicidade e empresas que fazem serviços de plotagem de veículos, adesivos, bandeiras, vídeos e outros recursos utilizados por candidatos na divulgação da campanha já estavam a todo vapor ou se preparando para iniciar uma ‘enxurrada’ de trabalhos. Este ano a história é outra. Sem dinheiro suficiente para investir na propaganda e com um calendário mais curto de campanha, que oficialmente vai durar apenas 45 dias, candidatos não têm outra alternativa a não ser conter gastos e cortar o que até então era tido como intocável: o investimento em propaganda. O resultado pode ser atestado nas empresas que prestam esses serviços, onde o movimento deve registrar queda em torno de 50% em relação às eleições passadas, segundo preveem proprietários e diretores. Para evitar prejuízo maior, o jeito está sendo apelar para pacotes, promoções, em que é possível dispor do produto por um valor mais acessível. Tudo para não perder a clientela que em pleitos anteriores investia pesado na autopropaganda. Com a mudança na legislação eleitoral, que impôs um teto de gastos de campanha, o lema entre candidatos e empresas é reduzir custos e viabilizar o serviço. Proprietário de uma gráfica tradicional em Itabuna, Delson Mesquita afirma que a expectativa de produção de material de campanha em relação à última eleição para prefeito, em 2012, vai ser reduzida à metade. “É o que calculamos”, ele revela, ao afirmar que não se tem preços ainda. No entanto, a certeza é de que serão valores muito menores. “A gente calcula pelo menos 50% a menos do que a última eleição para prefeito e vereador”, ressalta. Redução atribuída, além do teto de gastos, ao tempo mais curto de campanha. “Vai ter uma redução significativa na quantidade de material. Estamos nessa expectativa. E também estamos tentando entender ainda, porque as leis mudam muito, o limite de gastos, o teto que pode ser feito por cada um”, diz Mesquita. Outra expectativa é com o material a ser utilizado, já que alguns itens estão proibidos por lei. “Haverá, por exemplo, limitação do local onde poderá ser colado cartaz. Então, consequentemente, vai ter uma redução. A expectativa é de que muita coisa em vez de ser em papel, seja feita em vinil, o adesivo que pode ser colado em carro. Um produto diferente. Estamos preparados para isso também. Muita coisa está sendo migrando para esse material”, revela Mesquita.
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