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24 de junho de 2016

O PONTO EM COMUM ENTRE DAVIDSON E BOLSONARO

Não há como Davidson reclamar de Bolsonaro ter tido
apoio financeiro da bilionária Friboi
O que os deputados federais Davidson Magalhães (PC do B-BA) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ) têm em comum? Trata-se de um elo entre muitos parlamentares brasileiros: eles receberam doações eleitorais generosas da JBS (Friboi). Em setembro de 2014, a um mês das eleições, Bolsonaro disse no Facebook que sua campanha não aceitaria dinheiro da Friboi. Mudou de ideia a tempo de receber uma doação indireta de R$ 200 mil, que a empresa havia doado para o Diretório Nacional. Já Davidson, um adepto do comunismo de resultado, não tentou menosprezar sua excelente relação com a Friboi. De forma indireta, a empresa doou R$ 690 mil para a custosa campanha do deputado, executada com mais de um milhão e duzentos mil reais (R$ 1.256.939,94). A de Bolsonaro custou R$ 400 mil. Bolsonaro se notabiliza por seu preconceito contra as mulheres e pela homofobia, além das posições absurdas como a defesa da tortura institucionalizada. É um reacionário da direita ultrarradical. Nessa terça-feira, o STF aceitou denúncia contra ele por incitação ao crime de estupro. Davidson, por sua vez, aposta no pragmatismo eleitoral das estreitas relações com o empresariado, mas enfeita seu comunismo pragmático com um discurso nacionalista em defesa de uma Petrobras vilipendiada e dos trabalhadores já escorchados pelo ajuste neoliberal iniciado no governo Dilma, que ele apoiava. Por outro lado, as diferenças ideológicas entre os dois cessam na órbita dos interesses do Grupo JBS. ENROLADA COM O JUDICIÁRIO - A JBS tem problemas com a Justiça Federal, que apura denúncia do Ministério Público Federal em São Paulo. Segundo o procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira, o presidente da Friboi, Joesley Mendonça, é investigado por suposto crime contra o Sistema Financeiro Nacional. A Justiça investiga se houve ilegalidade em empréstimos do Banco Rural que renderam R$ 80 milhões para a empresa. A companhia também é alvo de suspeitas sobre possíveis irregularidades em financiamentos obtidos por meio do BNDES. A proximidade entre a JBS e essas instituições financeiras dá uma noção sobre os interesses suprapartidários das grandes empresas nas disputas eleitorais. (blogdogusmao).

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